Exame - Negociadores israelenses e palestinos devem se reunir no Cairo, onde o Hamas e seus aliados estão buscando colocar um fim ao bloqueio israelense e egípcio à Faixa de Gaza.
“As lacunas entre os lados são grandes e não há progresso nas negociações”, disse uma autoridade israelense que não quis ser identificada. Não houve comentário imediato do Hamas, o grupo islâmico que domina Gaza.
Um representante palestino com conhecimento das negociações disse à Reuters, sob condição de anonimato: “Até agora não podemos dizer que um avanço foi alcançado… 24 horas e veremos se vamos ter um acordo”.
O Hamas também quer uma abertura para um porto marítimo ao Mediterrâneo para a empobrecida Gaza, um projeto que, segundo Israel, deve ser tratado apenas em conversas futuras sobre um acordo de paz permanente com os palestinos.
Israel tem resistido em levantar o bloqueio econômico sobre Gaza e suspeita que o Hamas irá se reabastecer de armas do exterior se tiver um acesso facilitado ao território costeiro.
O Egito, vizinho de Gaza, também vê o Hamas como uma ameaça à segurança. Israel retirou suas forças terrestres de Gaza na semana passada após ter dito que o Exército completou seu objetivo principal, que era destruir mais de 30 túneis cavados por militantes para realizar ataques em território israelense.
O Estado judaico agora quer garantias de que o Hamas não utilizará suprimentos de reconstrução enviados para o enclave para reconstruir esses túneis.
O representante palestino disse que a delegação havia concordado que a reconstrução em Gaza deveria ser realizada pelo governo de unidade, mais técnico, composto em junho pelo Hamas e pelo mais moderado Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, que fica na Cisjordânia.
Representantes israelenses não estão se reunindo pessoalmente com a delegação palestina porque ela inclui o Hamas, considerado por Israel como uma organização terrorista.
O Hamas, por sua vez, prega a destruição de Israel. Hospitais de Gaza disseram que 1938 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos desde 8 de julho, quando Israel lançou uma campanha militar para parar os disparos de foguetes e morteiros, vindos do enclave, contra suas cidades. Israel perdeu 64 soldados e três civis.
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