A IBM acaba de desenvolver um chip de computador que poderá funcionar como um cérebro humano, dando um gigantesco passo no desenvolvimento da inteligência artificial.
Nomeado de ‘TrueNorth’, ele está sendo saudado como o primeiro chip de computador neurosináptico do mundo, por possuir a capacidade de descobrir coisas por conta própria. O chip também tem um milhão de “neurônios” e pode possuir o mesmo poder que um super computador em um circuito do tamanho de um selo postal.
Especialistas comparam esse avanço como o do advento dos supercomputadores em 1980. Horst Simon, vice-diretor do Lawrence Berkeley National Laboratory, disse ao New York Times: “É um feito notável em termos de escalabilidade e baixo consumo de energia”.
Os processadores modernos têm cerca de 1,4 bilhões de transístores e consomem até 140 watts, mas o chip IBM contém 5,4 bilhões de transístores e usa apenas 70 miliwatts de potência, o que significa que é incrivelmente eficiente.
TrueNorth usará “neurônios” intimamente interligados, assim como o cérebro faz, o que significa que ele pode trabalhar de forma proativa, de forma inédita.
Além dos um milhão de neurônios, ele tem 256 milhões de sinapses programáveis, o maior número que a IBM já colocou em um chip.
O cérebro humano tem 100 bilhões de neurônios e até 150 trilhões de sinapses, mas o investigador principal IBM e gerente sênior, Dharmendra Modha disse ao CNET.com que ele ainda pode executar uma grande variedade de tarefas.
Ele disse que o TrueNorth poderia ser usado para monitorar vazamentos de petróleo ou emitir alertas de tsunami por conta própria, sem a necessidade de um ser humano para manter o controle das coisas.
Richard Doherty, diretor de pesquisa da empresa de pesquisa de tecnologia Envisioneering Group, disse que o chip da IBM era um “negócio muito grande“. Segundo ele, se um robô, hoje, fosse em direção a um pilar, seria necessária uma grande tecnologia de computação para impedir que ele continuasse em seu curso, desviando-o. Um robô usando TrueNorth seria capaz de perceber isso e mudar de direção, da mesma forma que faz um ser humano.
Computadores agora estão se aproximando da fase em que eles são considerados “mais inteligentes” do que os seres humanos, de várias maneiras.
No início deste ano, um programa de computador passou o teste de Turing, pela primeira vez, o que é visto como um marco na tecnologia artificial.
O programa, que imitou um menino de 13 anos, foi confundido com um ser humano por mais de 40 por cento do tempo durante uma série de conversas virtuais de cinco minutos com uma pessoa real.
Filmes como O Exterminador do Futuro já nos alertou sobre os perigos dessa tecnologia – no clássico filme de ficção, um sistema de computador torna-se autoconsciente e lança ataques nucleares em uma tentativa de acabar com a humanidade, levando a uma guerra entre homens e máquinas.
O programa de computação cognitiva da IBM, ironicamente, é chamado sinapse, que é semelhante à Skynet, o sistema informático utilizado em O Exterminador do Futuro.
Porém, se usarmos uma das frases utilizadas na franquia dos cinemas, “o que nos torna humanos não é algo que se coloca num chip, ou que se programe, é a força do coração humano. É o que nos diferencia das máquinas”. Portanto, podemos ficar tranquilos e confiar que a tecnologia sempre será utilizada para acrescentar novas possibilidades em nossas vidas.
Fonte: Jornal Ciência/ DailyMail Foto: Divulgação DailyMail
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