Foto: Oxitec - A primeira fábrica de mosquitos Aedes aegypti transgênicos do Brasil foi inaugurada em Campinas, São Paulo.
A tecnologia da empresa britânica Oxitec desenvolvida em 2002, no Reino Unido, se aprovada, pode ajudar no combate à dengue no país.
No laboratório, ovos dos Aedes aegypti receberam uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica.
Os machos, quando liberados na natureza, procriam com as fêmeas – responsáveis pela incubação e transmissão do vírus da dengue.
Elas vão gerar descendentes que morrem antes de chegarem à vida adulta, reduzindo a população total.
Testes iniciados em 2011 na cidade de Juazeiro, na Bahia, mostraram redução acima de 80% na população selvagem.
Alguns experimentos apontaram resultados de 93% de redução do Aedes aegypti que vive na natureza.
O uso dos insetos da Oxitec no Brasil foi feito em parceria com a organização Moscamed.
A unidade, instalada em Campinas, tem capacidade de produzir 500 mil insetos por semana.
No ápice de produção, esse número pode saltar para 2 milhões de machos a cada sete dias.
Como funciona
A ideia da Oxitec é ser contratada pelo poder público para fornecer um pacote de serviços, que vai desde o treinamento de agentes públicos ao combate de possíveis epidemias de dengue.
A contratação depende da aprovação da Agência de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que ainda estuda autorizar a comercialização deste tipo de serviço.
Caso isto ocorra, o Brasil poderá ser o primeiro país a aprovar o uso de Aedes aegypti transgênico, em caráter comercial, para combater a dengue.
Testes poderão ser realizados em algumas cidades, como Piracicaba e Campinas, ambas no interior paulista.
Casos
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 1º de janeiro e 5 de julho deste ano, o país registrou 659.051 casos de dengue, total que é 52,5% menor que o do ano passado.
A quantidade de mortes também diminuiu.
Foram 249 óbitos entre 1º janeiro e 5 de julho deste ano contra 541 no mesmo período do ano passado. Com informações do G1.
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