O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, disse ao GLOBO que não descarta brigar na Justiça pela água do Rio Jaguari. A represa do rio teve sua vazão reduzida, o que afeta a Bacia do Rio Paraíba do Sul e prejudica hidrelétricas do Estado do Rio. A Cesp, estatal paulista de energia, ignorou recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para que elevasse a vazão da represa do Jaguari. Arce defende ainda que a Agência Nacional de Águas (ANA) diminua a vazão do Rio Paraíba do Sul que chega à barragem de Santa Cecília, em Barra do Piraí (RJ). Isso garantiria o abastecimento humano em São Paulo, sem comprometer o sistema de água do Estado do Rio.
Segundo Arce, a vazão necessária para assegurar o abastecimento humano no Rio, a partir dos rios Paraíba do Sul e Guandu, é de 45 metros cúbicos por segundo (m3/s), enquanto a vazão atual é de 112 m3/s. A redução preservaria o bombeamento de água para a região do Guandu, de onde parte o consumo da rede hídrica de boa parte do Rio, mas comprometeria a geração de energia no complexo de Lajes, da Light.
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