Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, esta manhã, a contadoras Meire Bonfim Poza confirmou que o deputado baiano Luiz Argôlo é mesmo corrupto:
- Alberto Youssef (o doleiro preso) era um banco. Ele emprestava dinheiro, pagava contas e dava presentes", Ele chegou a receber, sim. Inclusive, da última vez em que esteve em São Paulo eu o encontrei. Ele foi buscar dinheiro e iria embora nesse mesmo dia. Não pôde ir embora porque o dinheiro não chegou e ele ficou em São Paulo até o dia seguinte até depois que pegasse o dinheiro.
. Os pagamentos, segundo a contadora, eram feitos em dinheiro ao próprio deputado. Em outros casos, Youssef determinou que as transferências fossem feitas por meio de transferências bancárias – nesse caso, segundo ela, o parlamentar não foi beneficiado diretamente. Meire Poza citou duas pessoas cujas contas receberam dinheiro destinado ao parlamentar: Manoelito Argôlo, pai do deputado, e Élia da Hora.
. A contadora disse ainda que o doleiro era sócio do deputado em duas empresas sediadas em Fortaleza: a M.Dias Branco e a Grande Moinho Cearense. Elas teriam recebido mais de 1 milhão de reais do esquema. Meire citou ainda a empresa Labogen, pivô das denúncias que recaíram sobre o ex-petista André Vargas. Disse que Leonardo Meirelles, sócio do doleiro, fazia entregas e buscas de dinheiro.
. Meire Poza também confirmou que a empreiteira Mendes Júnior firmou contratos de fachada e fez pagamentos para a empresa GFD, de Youssef, que não exercia nenhuma atividade real além da emissão de notas frias. "A própria Mendes Júnior chegou a enviar os contratos prontos. CLIQUE AQUI para ler editorial do Estadão, "Desfigurando a verdade".
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