O Globo com Agência Internacionais
Autoridades afirmaram que o médico americano infectado pelo ebola é o primeiro a chegar nos Estados Unidos para tratamento. Um grupo missionário afirmou à agência Associated Press que um avião transportando o médico Kent Brantly deixou a África Ocidental.
Dois americanos estão gravemente doentes e a informação oficial é que devem ser tratados no hospital da Universidade de Atlanta. Kent deve chegar no centro médico ainda neste sábado em um jato particular equipado com uma cápsula especial para transportar pacientes com doenças altamente infecciosas. O segundo infectado deverá ser transportado nos próximos dias.
É a primeira que alguém com o vírus do ebola é levado para o continente americano. Autoridades norte-americanas estão confiantes que os pacientes podem ser tratados sem colocar a população do país em risco.
Autoridades explicaram que o temor de uma epidemia de ebola nos Estados Unidos é totalmente injustificado.
"É importante que não deixemos o medo do desconhecido se sobrepor a uma abordagem racional de controle de qualquer doença infecciosa", afirmou Barbara Reynolds, porta-voz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), envolvido no processo de transferência dos pacientes, em entrevista por e-mail ao "Washington Post". Ela pediu à população que reclamava nas redes sociais sobre a chegada dos doentes que tivesse "compaixão pelas pessoas dos Estados Unidos que se voluntariaram para ir à África Ocidental ajudar a combater a maior epidemia de ebola da História".
Barbara informou ainda que o avião usado é capaz de transportar em segurança até mesmo quem sofre de doenças transmissíveis pelo ar, o que não é o caso do ebola. A febre hemorrágica é transmitida somente pelo contato direto de mucosas (olho, nariz e boca) com fluidos corporais de pessoas doentes.
"Lembrem-se de que o ebola não é transmitido pelo ar como muitas outras doenças letais são. Outra coisa: o ebola só é transmitido por pessoas que já mostram sinais da doença. Nós continamos trabalhando com a OMS e outras agências federais para proteger a saúde dos americanos aqui e no exterior", escreveu a porta-voz na sexta-feira.
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