Esperança na luta contra o Alzheimer.
Cientistas dos Gladstone Institutes e da Universidade da Califórnia - São Francisco, nos EUA, conseguiram reverter a doença em cobaias.
Eles transplantaram células-tronco inibidoras neuronais (células cerebrais em estado precoce que conseguem transformar-se em neurónios inibidores adultos) em ratinhos com a doença de Alzheimer.
E deu certo.
Eles conseguiram regularizar a atividade cerebral e melhorar as capacidades de aprendizagem e memória nas cobaias.
O transplante devolveu ao cérebro dos ratinhos as células perdidas devido à acumulação de placas beta-amilóides, grande fator de risco para o Alzheimer, e de apoE4, a substância que provoca problemas de memória e aprendizagem.
"Trabalhar com animais mais velhos pode ser desafiante do ponto de vista técnico, mas foi fantástico ver como as células [transplantadas] não só sobreviveram, mas afetaram a atividade e os comportamentos", disse Leslie Tong, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, em comunicado.
Para Yadong Huang, principal autor da pesquisa, "o fato de se observar uma integração funcional das células transplantadas no circuito hipocampal e um resgate total das capacidades de aprendizagem e memória é muito entusiasmante".
Segundo Huang, as potenciais implicações destas descobertas vão além do método utilizado.
"Este estudo prova que se, de alguma forma, conseguirmos melhorar as funções neuronais inibidoras no hipocampo, através, por exemplo, do desenvolvimento de pequenos compostos moleculares, poderá ser benéfico para pacientes com Alzheimer", conclui.
O estudo foi publicado na semana passada na revista científica Journal of Neuroscience.
Com informações do Boas Notícias
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