ESPN.com.br com Agência Gazeta Press
Superlotação marcou negativamente Bahia x Santos em Feira de Santana
Uma cena marcou a partida entre Bahia e Santos, válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro: centenas de pessoas espremidas nas arquibancadas da Jóia da Princesa, em Feira de Santana-BA, vítimas da superlotação. Por causa do incidente, o time tricolor foi condenado a jogar duas partidas com portões fechados, mas a punição não vale para o duelo contra o São Paulo, tão pouco será aplicada na Copa do Brasil.
O compromisso contra o Santos, que ocorreu no dia 29 de maio, registrou um público de 16.842 torcedores, sendo 16.089 pagantes. Os laudos técnicos do Jóia da Princesa atestam uma capacidade de 16.274 pessoas. Assim, além dos dois jogos, o Bahia terá que arcar com uma multa de R$ 30 mil.
A denúncia teve base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punição para o clube que "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto; invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo; ou lançamento de objetos no campo."
Na súmula da partida, o árbitro mato-grossense Wagner Reway, aspirante ao quadro da Fifa, apresentou com detalhes o drama vivido pelos torcedores nas arquibancadas:
"No início da partida (por volta dos 15 minutos), percebi uma movimentação intensa na arquibancada, atrás de uma das metas. Pedi para que o quarto árbitro verificasse, o mesmo dirigiu-se ao policiamento, que informou o início de aglomeração em um dos portões de entrada, e que as medidas para solucionar o problema estavam sendo tomadas pelo efetivo do policiamento no local. No intervalo, procurei o policiamento para saber o desfecho dos fatos e fui informado que, apesar do incidente, toda a situação foi controlada pelos policiais."
Em seu perfil oficial nas redes sociais, o Bahia se manifestou, culpando a administração de Feira de Santana pelas entradas gratuitas. "A informação que temos é de que mais de 1.200 pessoas entraram sem pagar (idosos, policiais e crianças), e isso está provocando a confusão. As gratuidades são conferidas pela administração do estádio, de propriedade do município", concluiu.
Já o presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, atestou que não houve venda demasiada de ingressos, mas sim uma falta de logística para posicionar os torcedores do Santos.
"Não houve a superlotação que falaram. A capacidade oficial do estádio, atestada por laudos técnicos, é de 16.274 torcedores. Foram vendidos 16.089 ingressos e os não pagantes não ultrapassaram a capacidade total. O que aconteceu foi que quem comandou o policiamento supervalorizou o espaço para a torcida do Santos. Não é nenhuma crítica à Polícia Militar, mas na realidade foi isso o que aconteceu", completou, afirmando não confiar no número que atesta o demasiado contingente de torcedores (16.842).
Por fim, a Polícia Militar do estado da Bahia relatou que houve o arrombamento de um dos portões do estádio, que causou a entrada de pessoas sem ingresso. Em nota, a entidade também disse que não identificou o torcedor que arremessou uma lata de cerveja na direção do técnico praiano, Oswaldo de Oliveira.
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