AFP - Agence France-Presse - Os médicos portugueses iniciaram nesta terça-feira (8) uma greve de dois dias para protestar contra os cortes do serviço público de saúde, uma das conquistas da Revolução dos Cravos de 1974.
Uma manifestação contra o "desmantelamento do sistema de saúde" convocada pela Federação Nacional de Médicos (FNAM) é realizada durante a tarde diante do ministério da Saúde em Lisboa, na presença de muitos grevistas vestindo blusas brancas, mas também de pacientes.
"É preciso defender esta grande conquista da Revolução de abril de 1974 que é o serviço nacional de saúde", declarou a presidente da FNAM, Maria Merlinde Madureira. Um serviço mínimo está garantido nos serviços de urgência, nas unidades de tratamento intensivo e nos centros de radioterapia. Mas a greve provocará o adiamento de milhares de consultas e cirurgias.
O país fechou em maio de 2011 um acordo para um resgate internacional com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional de 78 bilhões de euros, do qual saiu em maio. Em troca, o governo português precisou aplicar um plano de austeridade sem precedentes. Segundo os médicos, neste ano os cortes no orçamento da saúde serão de mais de 300 milhões de euros, que se somam aos aplicados nos muitos anos de austeridade.
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