Na tentativa de manter a boa votação conquistada em 2010, e prevendo uma disputa mais acirrada pelo eleitorado das grandes cidades, a campanha da presidente Dilma Rousseff planeja usar três programas federais para “bombar” a candidatura da petista nos pequenos municípios brasileiros. Pulverizada em mais de 4,3 mil cidades com menos de 20 mil votantes cada, essa fatia representa quase um quarto do eleitorado nacional. A campanha quer desencadear ao longo da disputa uma ação de mobilização que deixe claro aos eleitores que programas com grande capilaridade – como Minha Casa Minha Minha Vida, Mais Médicos e a doação de máquinas às prefeituras – são realizações do governo comandado pelo PT. Está em estudo qual a melhor forma de criar o “canal direto” com a militância nas pequenas cidades. Ele pode ficar apenas a cargo dos comitês estaduais ou ainda sob uma coordenação específica do QG da campanha em Brasília. De acordo com o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), o foco da ação do partido no interior será no fortalecimento das lideranças locais e na estruturação de agendas de mobilização. “Os pequenos precisam estar mobilizados para atos nos médios e grandes municípios”, resume. Já o coordenador da campanha em Pernambuco, senador Humberto Costa (PE), avalia que é preciso achar uma fórmula para se chegar aos eleitores das menores cidades, embora a disputa esteja centrada nos grandes centros. O partido acredita que conseguiu fidelizar essa fatia do eleitorado com a “interiorização” de investimentos da União iniciados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo que frutos já foram colhidos na eleição de 2010. Ricardo Della Colleta e Ricardo Brito, Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário