Uma menina de apenas três anos, moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, luta contra o tempo para não perder completamente a visão. Estephanny Caroline Barbosa Brito foi diagnosticada com um glaucoma congênito raro, que se não for curado a tempo pode fazer com que ela fique cega em poucos meses. Para tentar evitar o pior, a família da garota começou a utilizar as redes sociais para divulgar a situação de Estephanny e arrecadar os cerca de R$ 15 mil necessários para uma cirurgia que ela precisa enfrentar.
Na busca por uma solução para a doença da filha, a sua mãe, a dona de casa, Caroline Suely Brito, de 22 anos, criou uma página nas redes sociais intitulada ‘Ajude a Estephanny’, visando sensibilizar a população para ajudar a arrecadar o valor necessário, a princípio, para a primeira intervenção cirúrgica. Depois, foi descoberta a necessidade de uma outra operação. “A doença dela é rara e se não for tratada, acompanhada por profissionais, pode levar a cegueira. A minha filha não enxerga em um dos olhos e tem um baixo percentual de visão no outro. Se a cirurgia não for realizada logo, ela pode perder o pouco que ganhou e ficar cega”, explica.
A mãe da criança conta que o drama teve início logo nos primeiros dias de vida da menina. Mas, depois de acompanhamento médico durante um grande período, desde o dia 20 de junho, ela vem realizando a campanha para arrecadar fundos, que visava garantir as cirurgias.
O primeiro passo na batalha da jovem Estephanny já foi dado recentemente. Com a ajuda de uma mulher que se sensibilizou com a história, a primeira cirurgia foi feita em um hospital da capital paulista, na semana passada, para reduzir a pressão intraocular, que estava muito alta. Após esse passo, a garota será submetida a uma série de exames, antes da operação no olho esquerdo, que é azul e tem um ponto branco no meio. “A médica me deixou claro que, por ela não enxergar nada no olho esquerdo, vai ser mais complicado. Isto porque, se houver algum problema com a cirurgia do olho direito, que é castanho, não funcionar, a médica irá ver se vale a pena realizamos um transplante nesse olho que não tem visão. Vamos ver quais foram os resultados desta primeira intervenção”, diz Caroline.
Porém, a segunda cirurgia deverá R$ 15 mil - o valor final ainda é incerto. Por isso, a campanha continua para que os valores sejam alcançados o mais rápido possível. Na corrida contra o tempo, Caroline torce para que a solidariedade das pessoas leve sua filha a conseguir o dinheiro suficiente para a segunda e decisiva cirurgia. “Gostaria de pedir a ajuda de todos. Para realizarmos o sonho da minha filha, que é enxergar nitidamente com os dois olhos. Por isso, ela precisa fazer essa cirurgia urgentemente e começar, o quanto antes, esse acompanhamento com um especialista. Só Deus sabe o quanto estou sendo forte por ela. Vou tentar, quantas vezes for possível, salvar a visão dela. Estamos sendo fortes por ela. Não posso desistir e nem desanimar. Suplico para todos que nos ajudem. É a única chance dela”, afirma.
Entenda a doença
O glaucoma congênito é o aumento da pressão intraocular em crianças que possuem má formação dos olhos e, caso não haja um diagnóstico precoce, a doença pode levar até mesmo a cegueira irreversível.
Ouvido pelo G1, o oftalmologista Rodrigo Padeiro, especialista em glaucoma, explica a doença. “Durante o desenvolvimento da criança, na vida uterina, ocorre uma falha do processo de formação do olho. Com isso, existe uma membrana que obstrui a saída de um líquido que é produzido no globo ocular. Isso faz com que a pressão no olho fique alta. Como consequência, esse problema pode levar a cegueira. Por isso, o tratamento basicamente consiste na retirada dessa membrana. É uma doença rara, que aparece em menos de 1% das crianças nascidas, mas que precisa ser tratada o quanto antes”, pondera.
Fonte: Com Informações do G1/ Por: Karine Santana/http://180graus.com/
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