A decisão de uma juíza de aceitar casais gays em um casamento comunitário no Centro de Tradições Gaúchas (CTGs) em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, tem sido motivo de polêmica no Sul do país. Foto: Daniel Badra/Divulgação Isso porque, os Centros de Tradições Gaúchas, espalhados em diversas cidades do país, são sociedades civis sem fins lucrativos, que buscam divulgar e preservar as tradições e o folclore da cultura gaúcha tal como foi codificada e registrada . De acordo com a Folha de S. Paulo, a ideia de o casamento coletivo acontecer em um CTG foi da juíza Carine Labres, que se baseou na resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para abrir as inscrições para os casais do mesmo sexo. Segundo a juíza, a intenção é homenagear as tradições gaúchas no mês da Semana Farroupilha, celebrada em setembro. Até o momento, ao menos 2 dos 22 casais inscritos são de homossexuais. Os nomes dos casais homossexuais já inscritos estão sendo preservados para que não haja retaliações. Mesmo indo de encontro à orientação geral, o CTG da cidade de Sentinela do Planalto foi o único que aceitou ser palco das uniões sem discriminação. O MTG, órgão disciplinador e orientador ao qual os CTGs são filiados, diz conhecer a legislação, mas orienta os gays a procurarem outro local para o casamento. Um comunicado oficial assinado pelo presidente do MTG, Manoelito Savaris, diz: “Oriento a que todos os tradicionalistas que no interior dos galpões e nos ambientes em que se realizam as atividades tradicionalistas, cada um procure se portar segundo o seu gênero, ou seja, os homens tenham posturas masculinas e as mulheres, posturas do sexo feminino, tudo segundo a tradição”.
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