Em pouco mais de uma hora, os dois fizeram um corpo a corpo com moradores, conversaram com comerciantes e exaltaram os problemas da região (André Dusek)
Marcela Mattos, Veja, de Brasília
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e sua vice, Marina Silva, escolheram como ponto de largada da corrida eleitoral, neste domingo, a segunda maior favela do Brasil. A 35 quilômetros do Palácio do Planalto, a favela Sol Nascente, em Ceilândia, recebeu o primeiro ato oficial de campanha da dupla.
Em pouco mais de uma hora, os dois fizeram um corpo a corpo com moradores, conversaram com comerciantes e exaltaram os problemas da região: "Aqui vivem milhares de brasileiros que estão bem perto de onde está a presidente, que prometeu mudar o Brasil. Mas o que temos é a inflação voltando por causa de um governo que jogou o Brasil no caminho errado", disse Campos ao microfone.
A escolha da periferia de Brasília faz parte de uma estratégia dos candidatos – a de mostrar o que chamam de "Brasil real". Campos de Marina têm como mote de campanha mostrar a diferença entre a Brasília dos gabinetes oficiais – que tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país – com seu entorno, onde problemas urbanos, especialmente ligados à violência e à falta de saneamento básico, fazem parte da realidade dos moradores. A Sol Nascente só perde em número de moradores para a favela da Rocinha, no Rio de Janeiro: 56.400 habitantes ante 69.100 da favela carioca.
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