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quinta-feira, 28 de março de 2013

BA: Produtores pedem socorro para lidar com seca devastadora

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O sol que resseca o chão e castiga o gado brilha impiedoso há quase três anos. Sem chuva, sem água, sem criação animal, plantação, nem produção leiteira, pequenos e médios produtores viram neste ano se reduzir a zero o número de sacas produzidas em culturas como a de milho, mandioca, feijão, hortaliças, fruticultura e cafeicultura. Sem pastagem, morreram o gado, os porcos, as cabras, as aves, ficaram sem leite as vacas. Ficou impossível manter os trabalhadores na lavoura e no pasto. Para quem vivia da agricultura familiar, em roças de subsistência, o feijão que vai ao prato não vem mais do quintal. É pago com o dinheiro de programas sociais como o Bolsa Família e o Auxílio Estiagem. Isso quando não se tornou impossível manter-se na roça – buscar emprego na cidade grande tornou-se a única opção para muitos. A peleja dos agricultores diante da seca atinge 390 mil quilômetros quadrados de terra na Bahia, cerca de 70% da área do estado – 214 municípios já decretaram situação de emergência. A falta crônica de água já bate à porta da capital. A cerca de cem quilômetros de Salvador, na zona rural de Feira de Santana, se contam aos milhares histórias similares à de José Ferreira Sales, 56 anos, filho de pais trabalhadores rurais, dono de uma pequena roça de 3 hectares, onde planta feijão, milho e mandioca e cria cabras e galinhas. Quando ainda conseguia tirar seu sustento da terra, tudo era negociado com comerciantes locais. “Hoje, 90% dos agricultores familiares de Feira vivem do dinheiro do Bolsa Família, do Auxílio Estiagem, dp Garantia Safra, da aposentadoria rural. Enfim, de dinheiro do governo”, disse. Ele mesmo recebe R$ 140 por mês, via Garantia Safra, dinheiro que sustenta sua mulher e mais três filhos. “Tá todo mundo com dificuldade até para pagar as contas de água e luz”, desabafa o produtor, que é presidente do Sindicato dos Agricultores de Feira. Leia mais AQUI.

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