Chávez estuprou a justiça
Leopoldo López é o primeiro inscrito nas prévias que devem escolher o candidato da oposição nas eleições presidenciais da Venezuela em outubro de 2012.
López vive uma situação absurda: pode concorrer à eleição, mas se ganhar não leva porque uma decisão administrativa do governo de Hugo Chávez o considerou inabilitado para exercer cargo público.
A Suprema Corte venezuelana confirmou o absurdo, ignorando uma decisão da Corte Intermaricana de Direitos Humanos.
Para ter ideia de onde foi parar a justiça sob Chávez, sugiro a leitura desta entrevista de Blanca Mármol, defensora pública junto ao Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela.
A doutora Mármol cita um dado chocante: dos 2.000 magistrados de carreira que o país tinha, sobram 20. Os outros foram afastados, sob vários pretextos, e substituídos por juízes temporários, nomeados sem concurso.
Os juízes têm medo de demissão, ou coisa pior. A juíza Maria Lourdes Afiuni está presa há dois anos por causa de uma decisão favorável a um desafeto de Chávez.
A independência do poder Judiciário foi para o vinagre. Isso é o regime que Lula e seus companheiros consideram um exemplo de democracia.
Os democratas venezuelanos precisam da solidariedade dos democratas brasileiros para dar a volta por cima no ano que vem. O governo e o Congresso brasileiro precisam assumir a defesa da Carta Intermericana de Direitos Humanos, que Chávez está rasgando. Texto por Eduardo Graeff
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