Depois de ser surpreendido numa casa no alto da favela da Rocinha, um homem que seria o contador do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi preso. Com ele, a polícia encontrou diversas mensagens de pedidos de entrega de drogas em celulares, além de TVs de LCD.
Agentes da 14ª DP (Leblon) chegaram até o suspeito depois de receberam denúncias anônimas sobre o homem, que seria envolvido no tráfico local. Para escapar dos agentes, o suspeito ofereceu a quantia de R4 3 mil, que foi rejeitada pelos policiais.
A delegada da 14ª DP, Flávia Goes instaurou inquérito policial para apurar o envolvimento do suspeito com o tráfico de drogas na Rocinha. De acordo com ela, o suspeito foi autuado em flagrante por corrupção ativa. A pena é de até 12 anos.
Ocupação sem tiros
A megaoperação de mais de 3 mil agentes nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu para a ocupação da região por forças de segurança não teve um tiro disparado.
Apesar de barricadas montadas por bandidos nos acessos de uma das maiores favelas da América Latina e muito óleo espalhado nas ruas para dificultar o trabalho da polícia, a retomada do território não teve dificuldades.
Hasteamento das bandeiras
Ao som de muitos aplausos dos moradores, as bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro foram hasteadas, por volta das 13h deste domingo, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Mais tarde, às 14h30, foi a vez de o Vidigal receber a cerimônia. Segundo a PM, 160 homens do Batalhão de Choque vão permanecer na comunidade até que a UPP seja implantada.
O ato, que também foi realizado em outras comunidades pacificadas, representa a expulsão dos criminosos e a volta do poder público à região. Participaram das duas cerimônias representantes de todas as instituições que colaboraram com a Operação Choque de Paz. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, cantaram o hino nacional e depois o hino da corporação. Fumaça azul foi usada para simbolizar a comemoração.
"A ação representa o sucesso de um planejamento detalhado e de união de forças. Diferentes forças com diferentes rotinas que se uniram com o objetivo comum de tomar o espaço e devolver ao povo o que ele merece", disse após o hasteamento das bandeiras o comandante da Operação de Tomada da Rocinha, coronel Pinheiro Neto.De Jornal do Brasil
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