Era apenas uma confraternização entre familiares numa chácara de Jurucê, distrito de Jardinópolis (329 km de SP), mas os vários tiros de armamento pesado, incluindo uma espingarda calibre 12, transformaram o evento numa tragédia.
Por volta da 0h30 de sábado (5), três homens abriram fogo contra cerca de 25 pessoas de uma família que estavam hospedadas na propriedade, comprada por uma das vítimas há quatro meses.
A ação dos criminosos deixou um saldo, pelo menos até domingo (6), de duas mortes e cinco feridos. Além das marcas de tiros e do sangue a ser limpo pela caseira Andreia Rissas, 31, a tragédia deixou nela e no marido, Marildo Rissas, medo e a pergunta: qual o motivo de tanta violência?
"Estão dizendo que anunciaram assalto, mas não anunciaram nada. Começaram a atirar e só pararam quando as balas acabaram", afirmou Andreia, que no domingo, ainda apavorada, disse ter estranhado o fato de nada ter sido levado pelos bandidos.
"Não tem nada de valor na chácara, mas tinha um carro com som de uns R$ 10 mil aqui e um monte de celulares espalhados na mesa. Um rapaz falou: só vamos embora porque a munição acabou."
Segundo ela, os criminosos começaram a atirar após uma das vítimas chamar a invasão de "brincadeira".
Antes de fugir, disse Andreia, um dos invasores ainda chutou o corpo de Milton Oliveira, 52, o primeiro a morrer, ainda no local. Também morreu Deusdedito José de Oliveira, 67, enquanto passava por cirurgia no HC.
O marido de Andreia também estava no local, mas ontem à tarde não tinha condições de conversar. "Ele foi sedado. Ficou muito nervoso."
De policiais, a funcionária da chácara disse ter ouvido a hipótese de possível acerto de contas com os donos do local. "Nisso a gente também não acredita porque são pessoas boas e pacíficas", disse.
Em três anos na região, Andreia disse que foi a primeira vez que viu esse tipo de "coisa ruim", mas foi suficiente para ela não querer mais ficar em Jardinópolis por causa da tragédia de sábado.
"Tenho de pensar no meu filho pequeno. Ainda não sabemos para onde vamos, mas não quero mais morar aqui."
A Folha não conseguiu falar ontem com os Oliveiras.
A maioria dos familiares que estavam na chácara é de Salinas, região norte de Minas Gerais.
Eles estavam em Jardinópolis porque, na última quarta-feira (2), feriado de Finados, enterraram um parente na região. Na madrugada de sábado, quando tudo aconteceu, faziam uma confraternização antes de voltar para Minas.
SEM PISTAS
A assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que, até ontem à tarde, nenhuma prisão relacionada ao crime tinha sido feita e não ainda havia novas pistas sobre o caso.
Sem uma linha de investigação definida até ontem, todas as hipóteses serão consideradas, disse a assessoria.
Por volta da 0h30 de sábado (5), três homens abriram fogo contra cerca de 25 pessoas de uma família que estavam hospedadas na propriedade, comprada por uma das vítimas há quatro meses.
A ação dos criminosos deixou um saldo, pelo menos até domingo (6), de duas mortes e cinco feridos. Além das marcas de tiros e do sangue a ser limpo pela caseira Andreia Rissas, 31, a tragédia deixou nela e no marido, Marildo Rissas, medo e a pergunta: qual o motivo de tanta violência?
"Estão dizendo que anunciaram assalto, mas não anunciaram nada. Começaram a atirar e só pararam quando as balas acabaram", afirmou Andreia, que no domingo, ainda apavorada, disse ter estranhado o fato de nada ter sido levado pelos bandidos.
"Não tem nada de valor na chácara, mas tinha um carro com som de uns R$ 10 mil aqui e um monte de celulares espalhados na mesa. Um rapaz falou: só vamos embora porque a munição acabou."
Segundo ela, os criminosos começaram a atirar após uma das vítimas chamar a invasão de "brincadeira".
Antes de fugir, disse Andreia, um dos invasores ainda chutou o corpo de Milton Oliveira, 52, o primeiro a morrer, ainda no local. Também morreu Deusdedito José de Oliveira, 67, enquanto passava por cirurgia no HC.
O marido de Andreia também estava no local, mas ontem à tarde não tinha condições de conversar. "Ele foi sedado. Ficou muito nervoso."
De policiais, a funcionária da chácara disse ter ouvido a hipótese de possível acerto de contas com os donos do local. "Nisso a gente também não acredita porque são pessoas boas e pacíficas", disse.
Em três anos na região, Andreia disse que foi a primeira vez que viu esse tipo de "coisa ruim", mas foi suficiente para ela não querer mais ficar em Jardinópolis por causa da tragédia de sábado.
"Tenho de pensar no meu filho pequeno. Ainda não sabemos para onde vamos, mas não quero mais morar aqui."
A Folha não conseguiu falar ontem com os Oliveiras.
A maioria dos familiares que estavam na chácara é de Salinas, região norte de Minas Gerais.
Eles estavam em Jardinópolis porque, na última quarta-feira (2), feriado de Finados, enterraram um parente na região. Na madrugada de sábado, quando tudo aconteceu, faziam uma confraternização antes de voltar para Minas.
SEM PISTAS
A assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que, até ontem à tarde, nenhuma prisão relacionada ao crime tinha sido feita e não ainda havia novas pistas sobre o caso.
Sem uma linha de investigação definida até ontem, todas as hipóteses serão consideradas, disse a assessoria.
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