O ex-chefe do tráfico na favela da Rocinha Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso na semana passada, foi transferido neste sábado (19) para a penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Também foram trasnferidos, segundo informações confirmadas ontem (18) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, outros três integrantes da quadrilha que controlava a maior favela da zona sul do Rio de Janeiro: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho; Varquia Garcia dos Santos, conhecido como Carré; e um criminoso identificado como Flávio.
Segundo informações do canal GloboNews, os presos deixaram o Rio pelo Aeroporto Santos Dumont, por volta das 8h30, transportados em um avião da Polícia Federal.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) autorizou a transferência após avaliar qual dos quatro presídios federais seria o mais adequado para receber os criminosos --que pertencem à facção Amigo dos Amigos (ADA) --, além de aspectos logísticos, tais como número de vagas e sistema de transporte.
Os quatro detentos viajarão a Campo Grande em um avião da Polícia Federal, de acordo com o documento assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Rebêlo dos Santos.
Durante a semana, especulou-se que Nem e seus aliados seriam transferidos para o presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte. No entanto, o corregedor da penitenciária, Walter Nunes da Silva Júnior, afirmou ao UOL Notícias que o Depen ainda estava analisando qual seria o melhor destino.
Segundo ele, a Justiça Federal não julga adequada a transferência de vários criminosos da mesma facção para um mesmo presídio. Dessa forma, os outros traficantes da quadrilha que dominava a Rocinha presos durante o processo de ocupação policial, tais como Sandro Luís de Paula Amorim, o Peixe, e Paulo Roberto de Lima da Luz, o Paulinho, podem não ter o mesmo destino de Nem.
"Em tese, não se pode colocar todos juntos. Não seria razoável levar todos para o mesmo presídio considerando que são criminosos com alto grau de periculosidade", disse. Há quatro penitenciárias federais no Brasil: além das situadas em Campo Grande (MS) e Mossoró (RN), existem a de Catanduvas (PR), e a de Porto Velho (RO). O regime adotado em tais presídios é o de total confinamento por 22 horas diárias.
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