Apesar de 18 das 22 unidades prisionais da capital baiana possuírem bloqueadores para celular, detentos têm furado o bloqueio e usado os aparelhos para comandar ações criminosas, mesmo atrás das grades. No Complexo Penitenciário da Mata Escura, o maior do estado, a tecnologia para barrar o sinal dos equipamentos, aliada a detectores de metal fixo e manuais, não impede o uso dos celulares. “As apreensões são feitas, as revistas são feitas. O problema é que (o sistema prisional) é uma nau cheia de furos: por mais que se tire água, é impossível fechar a entrada”, afirmou o promotor de Justiça da Vara de Execuções Penais, Edmundo Reis. Ele conta que já foi surpreendido por um preso que telefonou para ele, de dentro da cadeia, para saber informações sobre o andamento de seu processo. “Perguntei se ele estava louco e comuniquei imediatamente à direção do presídio”, lembra. Um dos furos apontado por Reis e confirmado por agentes penitenciários fica ao lado da Unidade Especial Disciplinar (UED), projetada para detentos de maior periculosidade, onde é comum ver bolas jogadas sobre os muros recheadas com drogas, cigarros e celulares. Para a promotora Ediene Lousado, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público, faltam investimentos na modernização do sistema de bloqueio. Informações do jornal A Tarde.
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