O atraso nas obras dos estádios da Copa do Mundo de 2014 é uma situação lamentável, e o Brasil não pode ter um papel "ridículo" na organização do Mundial, alertou Pelé neste domingo.
A demora nos trabalhos já levou o governo a se comprometer a acelerar as obras nos 12 estádios onde a Copa será disputada. A promessa de mudar o ritmo da preparação aconteceu depois que o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, demonstrou publicamente a sua preocupação com o atraso nas obras.
"Alguns lugares como o Estado de São Paulo, que é a maior capital do futebol no Brasil, me parece que não vão terminar o estádio a tempo da Copa das Confederações, que é quando os testes dos estádios acontecem. Isso é algo preocupante e muito triste para nós", disse Pelé em coletiva de imprensa em Santiago do Chile.
"Fico com a impressão que o governo do Brasil está com muitos problemas com a Copa, e isso é uma pena. O Brasil não pode fazer um papel ridículo quando se fala em futebol", acrescentou o ex-campeão de mundo como jogador na Suécia-1958, Chile-1962 e México-1970.
Um dos casos emblemáticos dos atrasos das obras está em São Paulo, onde as obras para construção do estádio do Corinthians ainda não começaram com apenas três anos para o Mundial.
O Brasil organiza em 2013 a Copa das Confederações -- torneio em que participam as seleções campeãs das seis confederações que compõem a Fifa --, e além disso, os Jogos Olímpicos de 2016 serão no Rio de Janeiro.
"Eu chamei a atenção para a Copa do Mundo dos Estados Unidos (1994), que não é um país de futebol. Foi a melhor organização que tivemos em um Mundial na história, o que foi dito pela própria Fifa, e agora no Brasil não podemos passar vergonha", acrescentou Pelé.
Pelé chegou ao Chile para participar uma série de atividades como representante do Banco Santander, patrocinador da Copa Libertadores e da próxima Copa América, na Argentina.De Claudio Cerda //UOL Esporte
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