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segunda-feira, 30 de maio de 2011

BRASIL:Internada para fazer endoscopia, paciente tem braço amputado


Rosely, que teve o braço amputado após endoscopia
Uma paciente do Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, teve o braço direito amputado após realizar uma endoscopia, exame em que uma câmera é introduzida pela boca para estudar o interior de órgãos como esôfago, estômago e intestino.
Atendida inicialmente no Santa Marcelina de Cidade Tirantes, a estudante de pedagogia Rosely Viviani, 48 anos, foi encaminhada no dia 15 de abril de 2009 para a unidade de Itaquera, também na zona leste paulistana, para fazer inúmeras análises como forma de verificar a extensão de um câncer diagnosticado no útero e ovários. O objetivo era saber se a doença havia contaminado outras partes do corpo.
A endoscopia foi marcada para o dia 17 de abril, às 11h30. Como é praxe, a paciente precisou receber uma medicação para aliviar a dor e o desconforto da intervenção. “Me deram uma injeção de Diazepan. Na mesma hora, minha mão ficou branca. Depois, comecei a sentir muito formigamento e uma mancha vermelha apareceu”, disse ela, que mora em Cerquilho, interior de São Paulo.
O exame no estômago foi feito – e não apontou nenhuma anomalia. A dor no braço, no entanto, não passava. “Fiquei chorando, pedindo ajuda. Tentei avisar que alguma coisa estava errada, mas ninguém me deu ouvidos”.
Depois de muita reclamação com enfermeiros, finalmente um médico foi até o seu leito, mas somente no dia seguinte ao problema. Por volta das 5h, ele enfaixou o braço da estudante. Como a dor persistiu, no final da tarde do mesmo dia 28 de abril foi feito um cateterismo no braço de Viviani, intervenção que tenta desobstruir vasos sanguíneos.
Dois dias depois, o membro da mulher começou a escurecer. “Minha mão ficou preta como carvão”, lembra. O drama e a indefinição sobre o que tinha acontecido se prolongaram até o dia 7 de maio. Foi nessa data que o braço foi finalmente amputado, pouco abaixo do cotovelo. “Me disseram que era melhor cortar o braço do que morrer.”
Em um dos prontuários médicos que guardou, ela conta que está escrito que a hipótese ventilada pela equipe era de que, ao tentar aplicar o Diazepan em uma veia (que leva o sangue para o coração), a enfermeira teria injetado o líquido em uma artéria (que leva o sangue para a ponta dos dedos, vindo do coração). “Tenho certeza que foi isso. Foi erro médico.”
Procurado pela reportagem, o hospital não quis fornecer informações sobre o procedimento ou sobre o caso da paciente, e alegou que a investigação interna corre sob sigilo. De  UOL Notícias

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