Antônio Rios Palhares ocupou função por ser bolsonarista e aliado de Augusto Aras, antecessor do atual procurador-geral
Foto: Alejandro Zambrana/TSE
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, demitiu um funcionário da PGR (Procuradoria-Geral da República) que disseminou notícias falsas e mensagens de teor golpista contra o STF (Supremo Tribunal Federal) pelo WhatsApp. Antônio Rios Palhares foi citado em um relatório da Polícia Federal enviado à corte. As informações são do jornalista Aguirre Talento, colunista do portal UOL
Funcionário comissionado, Palhares era um quadro externo do Ministério Público e havia chegado à PGR em 2020, por ser bolsonarista e aliado do antecessor de Gonet, Augusto Aras. Conhecido como Niko Palhares, ele foi um automobilista nos anos 1980 e 1990, tendo competido em categorias como a Fórmula Ford e Fórmula 3.
Segundo o UOL, a exoneração foi publicada em Diário Oficial na semana passada. Palhares tinha cargo comissionado ligado à chefia de gabinete da PGR, mas exercia suas funções na Secretaria de Segurança Institucional. Sua remuneração era de R$ 5,2 mil.
A Polícia Federal descreveu as mensagens de Palhares em relatórios produzidos na investigação das milícias digitais. Ao analisar o telefone celular do dono da Tecnisa, Meyer Nigri, a PF encontrou diversos diálogos entre os dois com teor golpista. Nigri foi alvo de busca e apreensão por sua participação em um grupo de empresários que discutia teses golpistas.