Foto: Divulgação / STF
Os procuradores da operação Lava-Jato discutiram usar caso de Paulo Preto, operador do PSDB, para reunir provas contra ministro do Superior Tribunal Federal Gilmar Mendes, segundo as mensagens divulgadas pelo mensagens site 'The Intercept'. Os diálogos no Telegram atrelam a força-tarefa com intenção no impeachment do magistrado.
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, procuradores e assistentes se buscaram apurar decisões e acórdãos do magistrado para embasar seu pedido.
Planejaram acionar investigadores na Suíça para tentar reunir munição contra o ministro, ainda que buscar apurar fatos ligados a um integrante da Corte superior extrapolasse suas competências constitucionais e a estratégia contra Gilmar Mendes foi discutida ao longo de meses em conversas de membros da força-tarefa pelo aplicativo Telegram enviadas ao The Intercept, segundo o EL PAÍS.
"Gente essa história do Gilmar hoje!! (...) "Justo hoje!!! (...) "Que Paulo Preto foi preso", começa Dallagnol no chat grupo Filhos do Januário 4, que reúne procuradores da força-tarefa. A conversa se desenrola e se revela a ideia de rastrear um possível elo entre o magistrado e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, preso em Curitiba num desdobramento da Lava Jato e apontado como operador financeiro do PSDB. Uma aposta era que Gilmar Mendes, que já havia concedido dois habeas corpus em favor de Preto, aparecesse como beneficiário de contas e cartões que o operador mantinha na Suíça, um material que já estava sob escrutínio dos investigadores do país europeu.