Pode ser que o procurador-geral da República Rodrigo Janot tenha mesmo se precipitado quando concedeu privilégios ao empresário Joesley Batista, que tem o desplante de se auto intitular professor de bandidagem. Mas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, famoso por soltar bandidos a toda hora, não é a pessoa adequada para repreender Joesley Batista. Se Rodrigo Janot errou, é preferível ficar com ele, porque sua gestão à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi digna de elogios, em especial pelo combate à corrupção através da Operação Lava-Jato. Diante de tudo que foi revelado pelo presidente da PBS, meus faltando poucos dias para a nova presidente da PGR Raquel Dodge assumir o cargo, esperamos que Janot ainda tenha tempo para reformar o acordo de delação premiada já feito, incluindo aí o pedido de prisão do bandido corrupto. Que se apure e se revele o quanto antes a origem de tanto dinheiro com impressões digitais da Geddel nas cédulas, malas e embalagens contendo mais de R$ 5l milhões. Devem ter muitas origens;
De outro lado, as confissões do ex-ministro da Fazenda do ex-presidente Lula e ministro-chefe da Casa Civil da ex-presidente Dilma Rousseff, Antônio Palocci, fundador PT e um dos principais assessores do presidente Michel Temer, nas quais se levantam dúvidas quanto à possível participação de ministros do STF em falcatruas, fez bem a presidente da Corte, ministra Cármem Lúcia, em exigir a imediata apuração dos fatos pela PGR, no que foi acompanhada por outros ministros. Então, que sejam rápidos, porque o povo ainda tem esperança de o Poder Judiciário continuar sendo o grande escudo dos cidadãos atualmente tão ofendido em seus direitos, apesar da presença de Gilmar Mendes, que deve ser impedido o quanto antes dos processos que envolvam compadres seus e de seus parentes.