Foto: Arquivo / ABr
Um estudo feito pelo World Wealth and Income Database mostra que não houve diminuição da desigualdade de renda no Brasil entre 2001 e 2015. Ao contrário, a discrepância entre ricos e pobres continua em níveis "chocantes". Segundo a pesquisa, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua participação de 11% para 12%. O crescimento se deu em razão de uma queda na participação de dois pontos percentuais dos 40% que estão entre os dois extremos (de 34% para 32%). Os 10% mais ricos do país ficaram com 61% da expansão observada entre 2001 e 2015, enquanto metade mais pobre da população foi beneficiada com apenas 18% desses ganhos. "Em resumo, a desigualdade total de renda no Brasil parece ser muito resiliente à mudança, ao menos no médio prazo, principalmente em razão da extrema concentração de capital e seus fluxos de renda", conclui o estudo, de acordo com a Folha. O estudo do World Wealth and Income Database leva em conta dados da Receita Federal e das contas nacionais para estabelecer o cálculo. O resultado vai na contramão de indicadores como o índice de Gini, segundo o qual houve uma melhora do cenário no Brasil, atribuída às políticas de redistribuição de renda dos governos do PT, como o Bolsa Família, e à política de valorização do salário mínimo, cujo valor real aumentou cerca de 50%. O PT, partido que esteve à frente do país na maior parte do período do levantamento, acredita que o estudo subestima a redistribuição de renda no período, já que o Imposto de Renda não é um bom indicador da renda população mais pobre, haja vista que boa parte desse grupo nem sequer declara renda. BN
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