O Ministério Público da Bahia (MP-BA) quer transformar 25 cargos de promotores de Justiça substitutos em 280 cargos de assessores. O MP também quer criar 120 cargos de assessores, totalizando 400 novos cargos. A proposta foi aprovada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, nesta segunda-feira (5). Desta forma, o MP-BA encaminhará um projeto de lei para Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
O promotor de justiça Marcelo Guedes, coordenador da comissão especial sobre o assunto, afirma que a transformação de 25 cargos dos 50 cargos previstos de promotor de Justiça substituto representará uma economia de mais de R$ 1 milhão por ano, com redução de custos de salários e previdência. Ele também justifica a medida, pois nos últimos 20 anos, a instituição só empossou 17,5 promotores de Justiça por ano. A procuradora-geral de Justiça, Ediene Lousado afirmou que, com estas justificativas, a negociação para aprovação será mais fácil na AL-BA. Nesta terça-feira (6), ela já se reunirá com lideranças da oposição para tratar do assunto.
Na sessão, Ediene Lousado afirmou que o MP baiano está há quase duas décadas de atraso em relação à criação destes cargos de assessoramento. “Precisamos urgentemente dotar as Promotorias de Justiça, especialmente as do interior, mas também as da capital, de melhores condições de trabalho”, declarou.
No final de julho, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado da Bahia (Sindsemp-BA), emitiu uma nota repudiando a decisão administrativa do MP-BA por extinguir 100 cargos do quadro pessoal efetivo para substituí-los por cargos comissionados de livre indicação e nomeação. Para o sindicato, a decisão vai de encontro à “defesa da carreira dos servidores efetivos”.