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sábado, 16 de novembro de 2024

Novembro Azul: Tabus e preconceitos sobre o exame de próstata

Cerca de 20% dos diagnósticos são feitos em estágio metastático, quando não há mais chance de cura e os tratamentos são mais agressivos
Tainah Santana
Foto: Freepik
Já ouviu falar a seguinte frase popular: “o barato, depois pode sair caro”? Pois é, trazendo para o assunto saúde e para público masculino se pode adaptar e dizer: “o preconceito de hoje em se cuidar, amanhã não trará bons resultados.” A comparação é necessária porque ainda há uma resistência de boa parte dos homens em realizar exames, inclusive quando se fala em câncer de próstata. Do LeiaJá

O tema ganha ainda mais força e debate durante o mês de novembro por conta da campanha chamada de “Novembro Azul”, que foca na saúde masculina e, apesar do trabalho de conscientização, de acordo com o oncologista Nildevande Firmino, do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), ainda há uma resistência dos homens sobre o assunto.

“Historicamente, homens são menos propensos a consultas de rotina e só buscam atendimento quando sintomas afetam sua rotina. A resistência aos cuidados com a próstata é ainda maior por haver alguns ‘tabus’ neste assunto”, ressalta o oncologista.

Um dos maiores tabus é sobre o exame de toque retal, onde nele é possível detectar doenças, inclusive o câncer de próstata. Segundo o médico, o problema não é apenas a questão do medo em realizar o procedimento. “O principal tabu é o exame de toque retal, visto erroneamente como uma ameaça à masculinidade. Também há a ideia de que procurar ajuda médica é sinal de fraqueza, além de uma falta de conscientização sobre a importância da prevenção”, pontua Firmino.

Esse preconceito pode ser prejudicial e retardar diagnósticos quando os sintomas já estão limitando a qualidade de vida. “No caso do câncer de próstata, cerca de 20% dos diagnósticos são feitos em estágio metastático, quando não há mais chance de cura e os tratamentos são mais agressivos. Esse atraso reduz significativamente as possibilidades de tratamento eficaz e de maior sobrevida”, explica o médico.

A quebra desse preconceito, começa com a eliminação do receio em falar abertamente sobre o assunto. Segundo o oncologista, falar abertamente sobre esses cuidados ajuda a desmistificar os tabus e incentiva os homens a priorizarem a própria saúde.

“Encorajar os homens a superarem esse tabu é um passo importante para garantir diagnósticos precoces e aumentar as chances de cura”, finaliza.

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