
O município de Itabuna sediou na manhã desta quarta-feira, dia 17, no Centro Universitário UNEX, na Praça José Bastos, centro, um treinamento promovido pelo Núcleo Regional de Saúde Sul (NRSSUL Base Itabuna), órgão da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB).
O objetivo foi transmitir informações sobre a nova “Técnica de Estratificação de Risco por Localidade”, que será adotada para o combate ao Aedes aegypti, a partir de 2026.
O treinamento contou com a participação de representantes de Departamentos de Atenção Primária à Saúde, Vigilância Epidemiológica e Controle Vetorial dos 22 municípios que compõem a Base da NRSSUL Itabuna.
A técnica de arboviroses do Núcleo Regional de Saúde Sul Base Itabuna, Juliana Brandão, explica que o Ministério da Saúde liberou as novas diretrizes para prevenção e controle das arboviroses e estas deverão ser aplicadas a partir de janeiro.
“Convidamos Itabuna para sediar este encontro, porque o município está bem avançado no processo e o momento foi ideal para que esta experiência seja compartilhada”, ressalta Juliana Brandão.
Ela ainda explica que a Estratificação de Risco por Localidade é uma nova abordagem de mapeamento que busca entender o território por meio da identificação de áreas de alta infestação e vulnerabilidade para o mosquito.
Com este método, de acordo com Juliana, é feita a junção de dados epidemiológicos (indicadores de casos de doenças) com dados vetoriais (presença do mosquito), para então identificar as zonas “quentes”, ou seja, áreas prioritárias.
O novo método vetorial utilizado será a ‘ovitrampa’, uma armadilha de oviposição usada para monitorar a presença e a proliferação do Aedes aegypti (vetor da Dengue, Zikae Chikungunya) por meio da contagem dos ovos.
A coordenadora da Divisão de Combate às Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Lucimar Ribeiro, reforça que o município de Itabuna está bem avançado com este novo método. “Neste ano, utilizamos o método da ovitrampa em algumas localidades para que nossa equipe tivesse o primeiro contato. Todos estão bem familiarizados”, conta.
Lembrando que Itabuna tem uma série história importante de Chikungunya, Juliana Brandão salienta que o trabalho também terá como foco o combate a doença, tendo em vista que se trata do mesmo vetor: o mosquito Aedes aegypti.
“As novas diretrizes chegam com a proposta de trabalhar a dengue, mas vamos trabalhar também com dados sobre Chikungunya, até porque o vetor Aedes aegypti é o mesmo da Dengue e Zika Virus”, explica.
“O limite máximo do diagrama de controle consegue captar uma série histórica de 10 anos e estabelece, de acordo com o coeficiente de incidência, um limite máximo em que Itabuna apresenta um limite considerável. Então, dentro das novas diretrizes, todo esse trabalho que está sendo planejado para o próximo ano atenderá a questão da Chikungunya”, concluiu.
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