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No Brasil colônia, a técnica de taipa de pilão era vista como novidade no ramo da construção. Com o tempo e o avanço da engenharia, o material ficou para as pessoas pobres e negras, uma vez que a taipa é vulnerável às condições climáticas e ao aparecimento de doenças.
Essa foi apenas mais uma das ações silenciosas da cruel política de exclusão contra a população negra e socialmente vulnerável que, apesar de datar de pelo menos 500 anos, segue presente na atualidade. Não à toa, mais de 285 mil baianos vivem em casas de taipa ou madeira, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A informação se baseia nos resultados sobre Características dos Domicílios do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022. Ao total, 286.820 pessoas – 2% do total da população do estado, que é de 14,14 milhões – vivem em imóveis com paredes construídas com materiais menos adequados.
Entre eles: taipa sem revestimento (55.313 pessoas, ou 0,4% dos moradores em domicílios particulares permanentes); madeira para construção (49.042 ou 0,3%); madeira aproveitada de tapume, embalagens e andaimes (8.856 ou 0,1%), e materiais como zinco, plástico, folha ou casca de vegetais (173.609 pessoas ou 1,2% dos moradores). Continue lendo no Correio 24h
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