Para o ministro a ação tinha o objetivo de "criar um fato político” com o “propósito de tumultuar o processo eleitoral"
Foto: Antônio Augusto/Secom TSE
O ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu arquivar o pedido de afastamento do ministro Alexandre de Moraes do julgamento da ação sobre a realização de lives no Palácio da Alvorada. O pedido foi apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), após um registro de Moraes fazendo um “gesto de degola” durante uma sessão do TSE, o que, para a defesa do presidente, demonstraria uma suposta parcialidade do ministro.
Em sua decisão, Lewandowski disse que a ação tem o objetivo “de criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral”.
O ministro justificou, ainda, que as alegações de Bolsonaro são “completamente destituídas de fundamentação jurídica e, ademais, desprovidas de qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade do indigitado magistrado”.
“A manifestação pública e objetiva por meio de gesto absolutamente parcial – como o de degola no curso do julgamento – não é consentânea com o dever de imparcialidade, impedindo que os fatos pontuados na grave ação de investigação judicial eleitoral sejam analisados de forma justa, desapaixonada e imparcial”, afirmou.
A CNN apurou junto a fontes do TSE que o gesto não teria ligação com o julgamento, mas seria “uma brincadeira” com um assessor, sentado à frente de Moraes, que teria demorado a passar uma informação que o presidente do TSE havia solicitado.
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