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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Rixas dividem União Brasil e ala do partido quer mudanças na direção

Luciano Bivar, presidente do União Brasil. Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Um ano após seu nascimento, o União Brasil parece enfrentar um "racha" dentro do partido. A criação da legenda é resultado da fusão entre DEM e PSL, em outubro de 2021, com a maior bancada da Câmara dos Deputados.

De acordo com informações reveladas pelo Metrópoles, o pleito eleitoral teria deixado em evidência "rixas" para que haja mudanças na direção do partido. Atualmente, o União Brasil tem como presidente o deputado federal Luciano Bivar, reeleito pelo estado de Pernambuco.

Ainda conforme divulgado, as críticas inicialmente eram direcionadas a Bivar, mas se estenderam ao vice, Antonio Rueda. Internamente, os partidários do União Brasil questionam a legitimidade dos apoios e acordos políticos, falta de transparência e, em uma ala específica, criticam as posições de Bivar na resolução de problemas na sigla.

Após o primeiro turno, em 2 de outubro, parte da bancada defendeu mudanças na coordenação. Um outro fator que influenciou os partidários a defenderem uma troca no partido foi o aceno de Luciano Bivar a Lula. Ele defendeu um apoio ao ex-presidente no segundo turno contra o atual presidente Jair Bolsonaro. Antes, o PSL foi reduto do chefe do Executivo. Bolsonaro foi eleito em 2018 com apoio de Bivar e de todos do então partido.

O presidente deixou a sigla após desavenças com Bivar. Isso também provocou uma debandada dos seus aliados, durante a janela partidária, para o seu novo partido, o PL. Com a junção ao DEM, o União chegou a ser a maior bancada da Câmara dos Deputados. Agora, com a última eleição, serão a terceira.

A tentativa de levar o partido a apoiar Lula contra Bolsonaro foi vista com “maus olhos” pela ala que veio com o DEM. Segundo os partidários, o aceno ao petista se dá pelo almejo de Luciano Bivar a presidência da Câmara.

Depois de não conseguir emplacar a senadora Soraya Thronicke no segundo turno, o União Brasil escolheu não definir apoio oficial a nenhum dos candidatos. Apenas liberaram os diretórios.

Ao lado do presidente Bolsonaro, o governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que a “maioria do partido” estava com o presidente. “A decisão pessoal dele [Luciano Bivar] não pode ser determinante quando se fala em maioria, a tese partidária não é o rito imperial do presidente, é da maioria. O presidente do partido pode ter a opinião dele, mas a maioria do partido já se declarou favorável [a apoiar Jair Bolsonaro]”, disse.

A estratégia de neutralidade foi, para além de desagradar os filiados, não mexer na estrutura da campanha na Bahia. Lá, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto concorre ao governo. Declarar apoio a Bolsonaro seria ruim para ele, uma vez que o estado é majoritariamente lulista.

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