A avaliação de estrategistas de Bolsonaro é a de que Lula estava emparedando o presidente e aliados com representações apresentadas no tribunal eleitoral
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A equipe jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou a estratégia de atuação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e iniciou uma ofensiva contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação de estrategistas de Bolsonaro é a de que Lula estava emparedando o presidente e aliados com representações apresentadas no tribunal eleitoral, ao mesmo tempo em que o petista tecia livremente críticas ao mandatário sem uma reação proporcional dos bolsonaristas na corte.
Em uma reunião realizada há cerca de duas semanas, o núcleo da campanha de Bolsonaro decidiu que os advogados deveriam ter uma atuação mais ativa contra as declarações de Lula. Os primeiros resultados da nova orientação vieram em 5 de agosto, quando o PL apresentou um pacote de sete ações contra o petista por propaganda eleitoral antecipada.
Nos processos apresentados na semana passada, os advogados de Bolsonaro acusam Lula de propagar “discurso de ódio” por ter chamado o chefe do Executivo de “fascista”, “genocida”, “negacionista” e “desumano”. Segundo integrantes da campanha, os advogados passarão a atuar de forma proporcional aos ataques do petista. Na visão deles, a equipe jurídica acionava menos do que deveria o TSE, com atuação mais defensiva.
A ideia é que, a partir de agora, a campanha de Bolsonaro seja mais vigilante em relação aos movimentos de Lula e atue com celeridade nos embates jurídicos. Para pessoas próximas do presidente, mesmo que saia derrotado em alguns processos, é importante tomar iniciativa e não ficar na defensiva.
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