Lula (PT), por outro lado, ganhou terreno na parcela da população com maior renda, diz o levantamento
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) avançou no último mês entre o segmento do eleitorado mais “lulista”. As intenções de voto no atual chefe do Planalto subiram numericamente entre os chamados vulneráveis, aqueles com baixa renda e instabilidade financeira, segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, do final de julho.
Lula (PT), por outro lado, ultrapassou o rival na parcela da população classificada de segura, com maior renda e estabilidade. Todas essas variações, porém, se deram dentro das margens de erro da sondagem para os dois grupos —de três pontos percentuais para os vulneráveis, e cinco, para os seguros.
Se antes Bolsonaro perdia de 57% a 19% entre os vulneráveis, agora a diferença no placar se reduziu para 54% a 24%. Cerca de metade dessa fatia recebe o Auxílio Brasil ou mora com alguém beneficiado pelo programa de transferência de renda, que teve seu valor ampliado de R$ 400 para R$ 600 no período.
Já o petista, que ficava atrás na parcela mais abastada, com 35% contra 38% do adversário, agora lidera com 40% contra 33%.
Para chegar a esses segmentos, o Datafolha separou os eleitores em três estratos. Os economicamente ativos estáveis (assalariados registrados, funcionários públicos, profissionais liberais, aposentados), os ativos instáveis (assalariados sem registro, autônomos, freelancers, desempregados procurando emprego) e os não ativos (estudantes, donas de casa e desempregados que não buscam emprego).
A opinião dos cinco grupos considerados na análise também varia sobre outros pontos questionados na pesquisa. Os vulneráveis, por exemplo, passaram a avaliar melhor o governo Bolsonaro no último mês —a reprovação do presidente oscilou de 50% para 46%, chegando próximo à média.
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