Com os exercícios, as tensões entre a China e os Estados Unidos só aumentam
por Mage Cotait / bpmoney
China realiza ataques próximos a Taiwan / Foto: divulgação
A China realizou exercícios militares próximo a Taiwan, na ilha de Pingtan, no último sábado (30). Após os ataques, Pequim reivindicou a autoridade sobre a ilha autônoma.
Com isso, as tensões entre a China e os Estados Unidos só aumentam. Nesta terça (2), a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, deve chegar a Taiwan. E o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que o exército de Pequim “nunca ficará de braços cruzados” e “defenderá a soberania e a integridade territorial da China”.
Com a possibilidade da visita de Pelosi a Taiwan, a Casa Branca marcou um telefonema entre o presidente Joe Biden e o líder chinês, Xi Jinping.
Durante o telefone, o presidente dos EUA declarou que a política norte-americana sobre Taiwan não mudou e que os EUA seguem prezando pela democracia. Já o presidente da China alertou que "aqueles que brincam com fogo só vão se queimar”. O presidente americano também enfatizou a Xi que Pelosi, como membro do Congresso, toma suas próprias decisões sobre viagens internacionais
A China vem conduzindo exercícios militares constantes perto do território da ilha Pingtan, e tem ameaçado tomar o controle de Taiwan à força. O território sempre pertenceu à China Continental segundo Xi Jinping. O líder também afirmou que o país busca “unir” toda a nação.
Pequim tem alertado as forças ocidentais que não se intrometam no assunto. Por isso a possível visita de Pelosi pode ser um risco para a diplomacia norte-americana e para a população de Taiwan. Com os alertas de Pequim para que as forças ocidentais não se intrometam no conflito, a visita de Pelosi pode ser um risco para a diplomacia norte-americana e para a população de Taiwan.
A presidente da câmara dos EUA deu início a uma série de viagens por quatro países asiáticos nesta segunda-feira (1º) em Singapura. De acordo com um alto funcionário do governo taiwanês e um funcionário dos EUA, ela deve visitar Taiwan, apesar das advertências de funcionários do governo Biden, que estão preocupados com a resposta da China a uma visita tão importante. Porém, a parada em Taiwan não está atualmente no itinerário divulgado pela equipe de Pelosi.
Já os EUA afirmam que a visita não marcaria uma mudança na política externa americana, e por isso alerta a China para não tomar medidas de escalada de tensão.
“Não há razão para Pequim transformar uma visita em potencial, consistente com a política de longa data dos EUA, em algum tipo de crise ou conflito, ou usá-la como pretexto para aumentar a atividade militar agressiva dentro ou ao redor do Estreito de Taiwan”, afirma, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
Mesmo com Joe Biden dizendo, publicamente, antes da viagem à Ásia que os militares dos EUA não acreditavam ser bom momento para a presidente da câmara visitar Taiwan, ele não chegou a dizer diretamente a ela para não ir, segundo fontes.
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