As empresas também não responderam qual o investimento em inteligência artificial para analisar conteúdo no idioma.
Foto: Divulgação/Assessoria Meta
A dois meses das eleições, as principais big techs não revelam dados sobre suas equipes de moderação voltadas ao português do Brasil nem se elas serão reforçadas para o período eleitoral. Ao jornal Folha de S. Paulo, as empresas também não responderam qual o investimento em inteligência artificial para analisar conteúdo no idioma.
De acordo com o jornal, foram procuradas as plataformas pertencentes à Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp), além de TikTok, Kwai, Twitter e Google, que controla o YouTube. O Telegram foi a única companhia a ignorar os contatos.
Devido ao volume de dados que circula nas plataformas, as big techs recorrem a sistemas automatizados combinados a moderação humana e a denúncias de usuários para avaliar que conteúdos violam suas regras.
As informações não fornecidas pelas empresas são consideradas cruciais por especialistas para entender como elas estão investindo no combate à desinformação e ao discurso de ódio.
Também em ofícios para responder a questionamentos do Ministério Público Federal em São Paulo em relação à moderação de conteúdo, Facebook, Instagram, TikTok e YouTube não forneceram informações.
Além de discurso de ódio e violência de gênero, outros focos de atenção quanto à moderação das redes são postagens que contenham desinformação sobre as urnas eletrônicas, alegações infundadas de fraude no pleito e a narrativa golpista disseminada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
“As empresas estão fazendo um trabalho tradicionalmente do Judiciário, decidindo na prática o que deve ser mantido ou não”, diz Yasmin Curzi, pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio.
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