A alta de preços que já afeta mais de 92% dos países no mundo agravada com o conflito entre Rússia e Ucrânia pode permanecer até dezembro de 2024. Previsão do órgão se deve a vários fatores como a guerra na Ucrânia, crise de fornecimento e a pandemia da Covid-19; inflação disparada já causa escassez de alimentos em 85 países. do Jornal Grande Bahia
Previsão do órgão se deve a vários fatores como a guerra na Ucrânia, crise de fornecimento e a pandemia da Covid-19; inflação disparada já causa escassez de alimentos em 85 países.
A alta de preços que já afeta mais de 92% dos países no mundo agravada com o conflito entre Rússia e Ucrânia pode permanecer até dezembro de 2024. Uma situação que só exacerba a insegurança alimentar e a pobreza extrema.
A previsão é do Banco Mundial. Em sua página na internet, o Banco fez outro alerta com base numa pesquisa rápida, por telefone, em dezenas de países.
Menino de quatro anos come barra energética, parte do tratamento contra desnutrição do Unicef na Somália.
Desenvolvimento cognitivo das crianças
A situação representa um risco de retrocessos na redução da pobreza e impactos, de longo prazo, no desenvolvimento cognitivo de crianças por causa de problemas com a nutrição.
O órgão analisou a situação de 85 nações e constatou que um número significativo de pessoas está sem o suficiente para comer ou reduziu seu consumo de alimentos desde 2020, quando começou a pandemia de Covid-19.
Os preços recordes dos alimentos levaram a uma crise que deve lançar milhões de pessoas na pobreza extrema, aumentando os problemas da fome e má nutrição à medida que ameaça ganhos para o desenvolvimento conquistados a duras penas.
A guerra na Ucrânia, a crise na cadeia de fornecimento que já existia antes do conflito, e a recuperação interrompida da pandemia agravaram a situação. O aumento de preço tem um impacto maior em países de baixa e média rendas, que tendem a gastar grande parte do que ganham com comida.
Segundo o Banco, 25% dos alimentos consumidos no mundo vêm do trigo.
Entre abril e julho deste ano, a alta da inflação afeta mais de 92% dos países de rendas baixa e média baixa. Já as nações de renda média alta tiveram níveis de inflação acima de 5%.
Em muitos países, a alta do preço está na casa dos dois dígitos. Já a parcela de países de renda alta com inflação alta é de 83,3%.
Trigo e milho 20% mais caros
Se comparado a janeiro de 2021, a média do preço do trigo e do milho está 20% mais caro. Já o valor cobrado pelo arroz é 16% mais baixo.
O Banco Mundial diz que a Guerra na Ucrânia alterou os padrões globais de comércio, produção e consumo de commodities em formas que devem manter os preços numa alta histórica por mais dois anos.
Com o início da guerra na Ucrânia, as políticas de comércio impostas pelos países aumentaram. A crise alimentar mundial tornou-se parcialmente pior com o crescente número de restrições ao comércio de alimentos e a meta de subir o consumo doméstico e reduzir os preços.
Até 11 de agosto, pelo menos 23 países haviam implementado 33 proibições de exportação, e sete tinham aplicado 11 medidas de limites de exportações. Em junho deste ano, havia 345 milhões em 82 países em situação de fome aguda, o que significa que o acesso aos alimentos, no curto prazo, foi restringido ao ponto de colocar suas vidas em risco. Os dados são do Programa Mundial de Alimentos, PMA. E essa situação pode piorar em mais de 20 nações até setembro deste ano.
O Banco Mundial informou que está mobilizando respostas de curto e longo prazos para melhorar a segurança alimentar e nutricional, reduzir riscos e fortalecer os sistemas alimentares em vários países.
O órgão colocou à disposição mais recursos para projetos novos e atuais nas áreas de agricultura, proteção social, água e irrigação.
Projetos anteriores já estavam em curso na Bolívia, na Tunísia e no Egito. Chade, Gana e Serra Leoa receberam um empréstimo de US$ 315 milhões para melhorar a resiliência de seus sistemas de alimentação.
O Banco Mundial também está apoiando programas no leste e no sul da África com US$ 2,3 bilhões para ajudar os países aumentarem a resiliência dos sistemas de segurança alimentar. *Com informações da ONU News.
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