Ex-prefeito ainda minimizou a possibilidade de João Roma receber votos que seriam dele
Imagem: reprodução/Exame
O pré-candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto, se defendeu das acusações de que tem atuado para a retirada das candidaturas de seus adversários na corrida pelo Palácio de Ondina, Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL). Em entrevista ao Jornal Tribuna da Bahia, publicada nesta segunda-feira (1º), o ex-prefeito de Salvador respondeu o governador Rui Costa (PT) e afirmou que o petista “quer criar factoides para dar holofote a quem não tem”.
Ao rebater a especulação de que o União Brasil estaria pedindo a retirada da candidatura de Jerônimo como condição para apoiar Lula no 1º turno das eleições deste ano, Rui afirmou que ACM Neto “plantou notícia falsa” na imprensa.
“Quero que o governador diga quem pediu a quem. Esse tipo de especulação é bem próprio de quem quer criar factoide para dar holofote a quem não tem”, pontuou Neto.
Ainda durante a entrevista, o carlista negou que trabalhou para retirar a candidatura do ex-aliado João Roma. Alguns aliados de Neto acreditam que a saída do bolsonarista da corrida pelo governo seria bom para ele, uma vez que o ex-ministro da Cidadania tira uma parcela dos votos que seriam destinados ao ex-prefeito da capital baiana.
“Em nenhum momento articulei, trabalhei para retirar a candidatura do deputado João Roma. O deputado, tendo o título eleitoral aqui na Bahia e tendo o partido que tem, obviamente tem o direito de ser candidato a governador do Estado. […] A candidatura de Roma pertence a um nicho, na minha visão, bastante limitado do espectro político. Mas ela é legítima e deve ser respeitada. E, da minha parte, jamais houve nem haverá qualquer desejo de retirar a candidatura dele, até porque eu não tenho nenhum entendimento nem como PL nem com as forças que ele representa”, afirmou.
Neto confessou, no entanto, que não acredita haver espaço para uma terceira via na eleição estadual. Para ele, o pleito será uma disputa dele com Jerônimo Rodrigues.
“É uma eleição totalmente plebiscitária. Tenho uma pesquisa interna, que eu fechei essa semana, que mostra claramente. Hoje, a gente, graças a Deus, está em uma posição muito à frente, muito vantajosa. Imagino que o pré-candidato do PT ainda tem algum espaço de crescimento, natural. Tem a máquina, né, tem a história do PT na Bahia, mas não vejo o espaço para qualquer alternativa”, disse.
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