(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar neste sábado o sistema eleitoral brasileiro e a defender a adoção do voto impresso, acrescentando que "querem, no tapetão, decidir as coisas" no país.
Bolsonaro tem feito da adoção do voto impresso sua principal bandeira, no momento em que enfrenta uma queda de popularidade e com as pesquisas eleitorais apontando derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma eventual busca pela reeleição no ano que vem.
"Não pense o ladrão de nove dedos que seus amigos é que vão contar os votos dentro de uma sala secreta", disse Bolsonaro, em uma referência sem fundamento ao modelo de apuração dos votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante discurso a apoiadores em Florianópolis transmitido pelas redes sociais do presidente.
O presidente participou de uma "motociata" na capital de Santa Catarina e, apesar da pandemia de Covid-19, cumprimentou sem máscara dezenas de pessoas que se aglomeraram para acompanhar a visita.
Bolsonaro alega fraudes nas eleições desde março de 2020, quando prometeu mostrar provas de que teria vencido o pleito de 2018 no primeiro turno -- o que não fez.
Nas últimas semanas, ele tem defendido fortemente que seja aprovada a adoção do voto impresso com o objetivo de, segundo ele, garantir que as eleições de 2022 não sejam fraudadas.
O presidente chegou inclusive a colocar em dúvida a realização da eleição sem a aprovação da medida e tem atacado duramente o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que é contra a proposta.
"Eu tenho limites, alguns outros poucos acham que são donos do mundo, vão quebrar a cara", disse Bolsonaro.
Apesar das afirmações do presidente, não há relatos de fraudes envolvendo as urnas eletrônicas, e o TSE garante que o sistema é seguro e tem diversas formas de auditoria. Mais em https://br.noticias.yahoo.com
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