Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de um novo tipo de coronavírus uma "pandemia". Mas quais objetivos devem ser alcançados para sairmos da emergência de saúde?
Por BBC News Brasil | | Redação - BBC Mundo
Redação - BBC Mundo
A China notificou os primeiros casos de um novo coronavírus à Organização Mundial da Saúde (OMS) no último dia de 2019.
Mas a OMS só declarou que estávamos oficialmente numa pandemia há pouco mais de um ano, em 11 de março de 2020.
A partir dali, a covid-19 se uniu ao grupo de grandes surtos que afetaram a saúde global ao longo do tempo, como a peste negra, a varíola, a gripe de 1918 e, mais recentemente, a aids nos anos 1980 e o H1N1 em 2009.
Nenhuma dessas doenças hoje representa uma ameaça para a humanidade. Até mesmo uma delas (a varíola) foi completamente erradicada.
Mas o que deve acontecer para que a covid-19 também entre para a história e não seja mais considerada uma pandemia?
A resposta mais direta vem da definição do que constitui uma pandemia.
Segundo a Real Academia Espanhola, trata-se de uma "doença epidêmica que se estende a muitos países ou que ataca quase todos os indivíduos de uma localidade ou região".
Portanto, infere-se que a covid-19 deixará de ser uma pandemia quando não tiver mais um alcance tão grande como acontece agora.
Mas quem define esse limite?
Mesmo se a OMS decidir que a pandemia acabou, será cada um dos países — ou mesmo os estados ou províncias — que determinarão quando a emergência de saúde pública terminará e as quarentenas e restrições poderão ser suspensas.
Um basta nos contágios
A maneira mais clara e fácil de decretar o fim de uma pandemia seria se não houvesse mais circulação do Sars-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19.
No dia 11 de março de 2021, apenas 14 países ou territórios ao redor do mundo estão livres da doença, de acordo com a OMS.
Neste grupo estão 12 ilhas localizadas nos oceanos Pacífico ou Atlântico que tiveram que fechar suas fronteiras para ficarem afastadas do vírus.
Existem cerca de 119 milhões de pessoas que já foram infectadas e 2,6 milhões de mortes — e esses números continuam a aumentar dia após dia.
Portanto, o objetivo de interromper completamente as cadeias de transmissão do coronavírus parece muito distante, senão impossível. Leia mais em: Saúde - iG
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