Operação de guerra tenta remover cargueiro de 220 mil toneladas e liberar o Canal de Suez. Bloqueio causa prejuízos a dezenas de países
Correio Braziliense**Foto: AFP
Já se passaram mais de 96 horas desde que o cargueiro MV Ever Given, operado pela companhia Evergreen Marine Corp (Taiwan), encalhou no Canal de Suez, em meio a ventos violentos e a uma tempestade de areia. Pelo menos 248 embarcações estão impedidas de cruzar a principal rota mercantil entre a Ásia e a Europa, responsável por 10% do comércio marítimo internacional. Os prejuízos passam de US$ 38,4 bilhões (cerca de R$ 221,1 bilhões) — em torno de US$ 400 milhões por hora (ou R$ 2,3 bilhões). Ontem, fracassou uma primeira tentativa de remover o navio de 220 mil toneladas e 400m de comprimento (100m a mais do que a Torre Eiffel), com a ajuda de rebocadores e dragas.
A previsão é de que “dois rebocadores adicionais de 220 a 240 toneladas” cheguem ao local nas próximas horas. No entanto a navegação em Suez deve levar semanas para retonar à normalidade. Com o bloqueio, os preços do petróleo registraram forte alta. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio fechou a US$ 64,57 (ou R$ 371), uma alta de 4,23%. Em Nova York, o barril de WTI para entrega no mesmo período aumentou 4,11% e está cotado a US$ 60,97 (ou R$ 351).
Os Estados Unidos colocaram-se à disposição para ajudar a liberar o MV Ever Given. “Oferecemos assistência americana às autoridades egípcias para ajudar a reabrir o Canal de Suez”, declarou Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca. “Essas discussões continuam, e espero que possamos dizer mais em breve”, acrescentou. O governo do democrata Joe Biden estuda enviar especialistas da Marinha. O sinal verde depende da solicitação formal do Egito. A ideia da Casa Branca é despachar uma equipe da 5ª Frota dos EUA, baseada no Bahrein. Mais em https://www.informecidade.com.br
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