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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

X vermelho na mão: Mulheres agredidas podem pedir socorro no comércio

Pedido de socorro na mão - Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Um X vermelho desenhado na palma da mão com batom ou caneta. Este é o sinal sigiloso para mulheres que estão sendo vítimas de violência doméstica pedirem socorro no comércio do Distrito Federal.

Basta ir a farmácias, condomínios, hotéis e supermercados da região e mostrar a mão com o sinal, que os comerciantes vão entender que a mulher está vivendo uma situação de vulnerabilidade e estarão prontos para ajudar, sem alarde e chamar a polícia.

O pedido de socorro em forma de X faz parte do Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho. Ele foi instituído por decreto e saiu no Diário Oficial do Distrito Federal na semana passada.

Como
O programa está sendo colocado em prática pelas secretarias da Mulher (SMDF), de Segurança Pública (SSP) e unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)

Os funcionários dos estabelecimentos serão orientados a acolher essas mulheres e levá-las para um local seguro e discreto, até que possam receber atendimento especializado.

A orientação para quem receber a denúncia é manter a calma para não chamar a atenção das pessoas próximas sobre a condição da mulher e, menos ainda, levantar suspeitas do agressor, caso ele esteja por perto.

Os participantes do programa serão capacitados por meio de vídeos tutoriais e cartilha elaborados pela SMDF, SSP e unidades da Deam.

Entre as recomendações, quem receber o pedido de socorro deverá anotar os dados da vítima, caso ela tenha necessidade de sair do local, e ligar, imediatamente, para os números 190 (Emergência – Polícia Militar), 197 (Denúncia – Polícia Civil) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher) para reportar a situação às autoridades competentes. Todas as informações deverão ser mantidas em sigilo absoluto.

Caberá à equipe policial levar a vítima à delegacia para registro de ocorrência, bem como garantir o transporte gratuito e seguro até uma unidade de saúde para atendimento médico, caso ela necessite.

A mulher também poderá ser conduzida a um dos centros de atendimento especializados, como o Centro Especializado de Atendimento a Mulher (Ceam), da Secretaria da Mulher, ou à Casa Abrigo, para que ela tenha acesso aos serviços de assistência social, psicológica e orientação jurídica.

Adesão
As instituições interessadas em aderir ao programa, de forma espontânea, deverão procurar a Secretaria da Mulher para ter acesso ao material de capacitação. Elas também receberão um selo de identificação que será afixado em lugar visível para que as mulheres reconheçam que aquele local está preparado para acolhê-las em caso de estarem vivendo uma situação de violência doméstica.

“Essa iniciativa é extremamente relevante porque amplia esforços e envolve toda a sociedade no enfrentamento à violência de gênero”, disse Irina Storni, subsecretária de Enfrentamento à violência contra as mulheres.  Com informações da AgênciaBrasília

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