Foto: Divulgação
A adolescente que atirou e matou a jovem Isabele Ramos Guimarães, em Cuiabá, será internada por três anos em uma unidade socioeducativa, por determinação da juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude da cidade. A adolescente foi punida por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e qualificado.
A jovem Isabele foi morta com um tiro no rosto disparado por sua melhor amiga, de 15 anos, no dia 12 de julho do ano passado, em um condomínio de luxo, em Cuiabá. A jovem que efetuou o disparo chegou a ser apreendida dois meses após o crime, mas foi solta oito horas após a internação. www.bahianoticias.com.br
No dia 12 de agosto, o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a pessoa que a amiga estava com a arma apontada para o rosto de Isabele, a uma distância que pode variar entre 20 e 30 cm, e a 1,44 m de altura. A reconstituição do crime foi feita no dia 19 de agosto.
A polícia indiciou a autora do tiro, que tem 15 anos, no dia 2 de setembro. Para a investigação, a versão da autora do crime era incompatível com o que aconteceu no dia da morte de Isabele, e que a adolescente assumiu o risco de matar a vítima. O Ministério Público a denunciou pelo ato infracional.
Os pais da adolescente que matou Isabele também se tornaram réus no dia 17 de novembro por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores. O processo ainda está tramitando e não houve pedido de prisão dos pais.
O pai responde por omissão de cautela na guarda de arma de fogo. O pai do namorado da adolescente que matou Isabele é dono da arma usada no crime. Ele e o filho, que levou a arma até a casa da ré no dia da morte, também foram denunciados pelo MP e se tornaram réus no dia 2 de setembro. Em dezembro, os pais da ré pediram uma nova perícia na arma do crime, para saber se o sangue encontrado era de Isabele. Outro pedido foi de uma perícia na parte externa onde aconteceu o homicídio para busca de resquícios de pólvora. A Justiça ainda não respondeu aos pedidos. O processo tramita em sigilo por envolver menores de idade.
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