Foto: Reprodução/Crusoé
O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), criticou a atuação do governo federal em relação ao cronograma da vacina contra a Covid-19. O governador foi o entrevistado do programa Ligação Direta, da rádio Salvador FM, na manhã desta quarta-feira (6). Para ele, houve uma grande falha nas ações e o Brasil poderia ser um dos primeiros países a vacinar sua população.
"A falha é gigante. Se a gente olha a quantidade de óbitos no Brasil, na proporção de outros países, vemos o tamanho do estrago. Se olharmos a quantidade de pessoas que ficarão com sequelas em relação a Covid-19, é enorme. [O governo] falhou no plano nacional, na rede de saúde, nos respiradores, nos exames, no aparato de proteção das barreiras do país. Agora, não pode falhar pela segunda vez com a vacina, e por isso que temos que trabalhar todos unidos, independente de disputa política. Precisamos pensar na saúde do brasileiro", reforçou.
"Não é razoável que este cronograma não tenha sido apresentado. O Brasil está muito atrasado. Vários países da América do Sul, do Norte, Europa, África, já estão vacinando. E o Brasil, que sempre foi destaque nessa área de vacinação, ainda não, está atrasado", enfatizou.
Em reunião, o presidente do consórcio, além de governadores do Amapá, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul, cobraram o Ministério da Saúde sobre um cronograma de vacinação nacional contra a Covid-19. "O objetivo era que tivéssemos ontem um cronograma de vacinação. Não tivemos. Isso nos fez tratar com o secretário da necessidade de que o governo federal apresente na próxima semana esse cronograma e a partir daí estados e municípios vão se preparar com antecedência, inclusive na qualificação de pessoal, insumos, EPIs. Embora os estados e municípios já estejam se preparando", salientou.
No entanto, para o governador, a previsão é que até junho deste ano, toda a população brasileira esteja vacinada. "É possível começar a vacinação até 22 de janeiro e ter um cronograma para no máximo em junho ter todos os brasileiros imunizados".
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