Além de perderem o rio como fonte de água e de lazer, até hoje, a comunidade vive os efeitos do crime e das obras realizadas pela mineradora - Créditos da foto: Pedro Stropasolas
Em documento, Ministério Público recomenda que nenhuma intervenção seja realizada sem ampla comunicação com atingidos
Larissa Costa*Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG)
A comunidade de Pires, em Brumadinho (MG), está mais uma vez ameaçada pela Vale. Dessa vez, a mineradora, autorizada pela prefeitura da cidade, pretende desapropriar casas e terrenos dos moradores para construir obras de uma estação de tratamento de água e esgoto. No entanto, segundo Rejane Fernandes, que é moradora da comunidade e membro da comissão de atingidos, as famílias não foram notificadas oficialmente e ficaram sabendo “por acaso” da situação.
Rejane conta que uma sitiante da comunidade percebeu que a Vale teria marcado com piquetes seu terreno. Ao ir à prefeitura buscar informações, soube que mais ou menos 30 famílias da comunidade seriam desapropriadas, inclusive a de Rejane. “A gente vive com medo de que ela [Vale] entre na comunidade e expulse todo mundo, porque ela manda e desmanda em todo mundo. As comunidades estão super revoltadas com tudo o que está acontecendo, e a gente está a mercê da Vale”, indigna-se.
Rede de esgoto, iluminação pública e pavimentação da estrada até Brumadinho são reivindicações antigas da comunidade e, após o rompimento da barragem no Córrego do Feijão – em janeiro de 2019 –, a Vale foi obrigada a realizar essas obras como forma de compensar danos aos atingidos. Leia mais em https://www.brasildefato.com.br
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