Sonia Racy, Estadão
Economistas bem preparados acreditam que está havendo hoje, na Europa, um brutal “credit crunch”, um encolhimento do dinheiro na praça, como efeito do coronavírus. Os custos do crédito corporativo subiram muito. E seria uma questão de tempo para acontecer o mesmo no resto do mundo. A grande dúvida: será que os bancos centrais do mundo desenvolvido (o Fed, o BC europeu e o Banco da Inglaterra), todos dirigidos por pessoas que não são macroeconomistas de formação (diferentemente do que ocorreu em 2008), saberão responder à altura? Indagado sobre o assunto, o ex-BC Arminio Fraga se limita a duas palavras: “Existe preocupação”.
Fraga tampouco quis se manifestar sobre a conjuntura econômica ou sobre o governo Bolsonaro: “Não é o momento para isso”. O economista está se concentrando hoje na montagem de um segundo instituto, além do recém-criado IEPS, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. Preocupado com a “armadilha da renda média”, que impede o crescimento e representa, nas palavras dele, “o fim de qualquer chance de mobilidade social”, ele pondera que é preciso encontrar os recursos dentro da labiríntica teia do orçamento para que o Estado possa voltar a investir em áreas fundamentais – e, com isso, passe a prover oportunidades reais para quem mais precisa. Leia Mais »
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