Foto: Reprodução / Globo News
Em documento enviado ao Ministério da Economia, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avalia que o novo coronavírus pode exigir mais R$ 410 bilhões dos cofres públicos para que o Sistema Único de Saúde (SUS) consiga atender toda a população infectada.
O orçamento do Ministério da Saúde previsto para todas as ações da pasta neste ano é de cerca de R$ 125,5 bilhões.
De acordo com a projeção de Mandetta, obtida pelo jornal Estado de São Paulo, enviada ao ministro Paulo Guedes, internações devem custar R$ 9,31 bilhões caso 10% da população seja contaminada. O valor é “conservador”, segundo o mesmo documento.
Há a expectativa também de gastar R$ 50,3 milhões para adotar no País o serviço de telemedicina para atendimentos de triagem de pacientes com sintomas, além de R$ 313,8 milhões com a contratação de profissionais da área de saúde para atuarem três meses em centros de terapia intensiva (CTIs).
Os dados sobre o impacto que a crise da covid-19 provocará no orçamento foram elaborados para justificar um projeto com financiamento de US$ 100 milhões (cerca de R$ 503 milhões) do Banco Mundial para compra de testes de diagnóstico, custeio de serviços “pré-clínicos” e contratação de equipes de saúde para atuarem emergencialmente.
O documento enviado a Guedes afirma que, “como na maioria dos países”, os números de infectados no Brasil têm crescido de forma exponencial. “E há indícios de que estejam subestimados.”
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde confirmou que pediu um financiamento ao Banco Mundial de US$ 100 milhões para ações de combate ao novo coronavírus. A pasta não explicou, porém, como chegou ao número de R$ 410 bilhões que seriam exigidos a mais no orçamento da Saúde.
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