O governo do Iraque convocou, nesta sexta-feira (13), os embaixadores dos Estados Unidos e do Reino Unido, após bombardeios americanos deixarem ao menos seis mortos no país do Oriente Médio.
Em um comunicado, o Iraque chamou de "agressão americana" o envio, por Washington, de aviões para bombardear diversas bases das milícias pró-iranianas que também abrigam policiais e militares.
Cinco militares iraquianos e um civil morreram no ataque. Também ficaram feridos 11 militares, entre os quais membros das milícias pró-iranianas Hashd al-Shaabi (Forças de Mobilização Popular; grupo que reúne várias facções), completou o Exército iraquiano.
O Pentágono disse que os ataques visaram depósitos de armas da milícia Kataib Hezbollah, que já realizou ataques contra militares americanos no Iraque.
O grupo Hashd al-Shaab é acusado de matar, em dezembro, um empreiteiro americano no Iraque, o que levou a um ciclo de confrontos cujo ápice foi o assassinato de Qassim Suleimani, principal general iraniano, em janeiro.
Como resposta à morte de Suleimani, 11 mísseis balísticos iranianos atingiram a base aérea de al-Asad no Iraque, também em janeiro. Esse ataque deixou mais de cem militares americanos com lesões cerebrais traumáticas leves.
A ação dos EUA nesta sexta foi uma represália a outro ataque cometido contra uma base iraquiana, por milícias locais, que matou dois americanos e um britânico na quarta-feira (11).
O confronto entre Estados Unidos e Irã ganhou força sob o governo de Donald Trump. Washington se retirou de um acordo fechado com Teerã que reduziu as sanções econômicas ao país em troca de uma diminuição nas pesquisas nucleares do Irã. Após a decisão, novos bloqueios foram impostos pelos EUA.
Os EUA invadiram o Iraque em 2003 e derrubaram o ditador Saddam Hussein. No entanto, não conseguiram estabilizar o país e mantêm tropas lá, apesar dos pedidos de retirada feitos pelo governo iraquiano. Neste período, o Irã ampliou sua influência no Iraque, e o país passou a ser cenário da disputa militar entre Washington e Teerã. G1
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