Entre crianças e adolescentes, a maioria dos registros envolve pacientes entre 15 e 19 anos.
Foto/Reprodução
O primeiro caso de Aids identificado no Brasil foi em 1982 e, desde essa época, os diagnósticos da doença feitos pela rede pública de saúde têm sido monitorados. Com o surgimento do Sistema Único de Saúde, em 1988, ficou mais fácil unificar os registros por meio do sistema DataSus.
Entre 1982 e julho de 2018, de acordo com dados coletados e analisados pelo BNews, o Brasil teve uma média de 70 diagnósticos de Aids todos os dias, sendo que o ano de 2013 representa o período de pico da doença no território nacional. No ranking nacional de casos identificados no período, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ocupam as três primeiras posições com mais número de diagnósticos. Na outra ponta estão Acre, Amapá e Roraima.
A Bahia está em oitavo lugar, com média diária de 3 pacientes diagnosticados por dia. No estado, nesse mesmo período, Salvador reuniu 47% de todos os registros de Aids do SUS – 15.889 pacientes. Semelhante ao cenário nacional, na Bahia, o ano de 2013 foi quando mais se teve diagnósticos na rede pública, com 2.137 pessoas – média de 178 notificações mensais.
Perfil
Já se forem analisados os perfis dos pacientes diagnosticados com a doença, tanto no cenário nacional quanto em 26 estados, com exceção do Rio de Janeiro, a maioria das vítimas é formada por homens com idades entre 20 e 34 anos. No RJ, a doença atinge mais homens entre 35 e 49 anos. Em nenhum estado brasileiro a maioria dos registros é de mulheres.
Entre crianças e adolescentes, a maioria dos registros envolve pacientes entre 15 e 19 anos. No entanto, crianças até 9 anos foram diagnosticadas 45.636 vezes com aids, número que representa 5% de todos os casos do país entre 1982 e julho de 2018.
Existe diferença entre o HIV e a Aids. O HIV, que na sigla em inglês significa vírus da imunodeficiência humana, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Já a Aids (da sigla em inglês, síndrome da imunodeficiência adquirida) é o estágio mais avançado desta infecção, porque o vírus, ao destruir as células de defesa, deixa o organismo mais vulnerável a diversas doenças.
No entanto, nem todas as pessoas que vivem com o vírus HIV desenvolve a Aids. Isso acontece em razão das variações dos sistemas imunológicos de cada indivíduo ao combater o HIV. Em alguns casos, a infecção evolui mais rápido do que em outros, chegando à fase chamada da Aids.
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