Em um ano marcado pela recessão na economia e pelo pagamento das chamadas “pedaladas fiscais”, as contas do governo tiveram forte deterioração e registraram um rombo recorde de R$ 114,98 bilhões, ou 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional. De acordo com o G1, foi o segundo ano seguido de déficit fiscal primário - que considera apenas receitas e despesas, sem contar juros da dívida. Este foi, de longe, o pior resultado das contas públicas desde o início da série histórica, em 1997, ou seja, em 19 anos. Até então, o pior saldo havia sido registrado em 2014, quando foi contabilizado um déficit primário de R$ 17,21 bilhões, ou 0,3% do PIB. Os números mostram que a piora do resultado, de 2014 para 2015, foi de R$ 97,77 bilhões. As receitas totais do governo subiram 2,1% em todo ano passado. Já as despesas totais cresceram 11,6% em 2015, ou seja, mais que cinco vezes a expansão das receitas. O resultado das contas do governo engloba a União, o Banco Central e da Previdência Social. Segundo o governo, houve uma forte piora nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social no ano passado, quando foi contabilizado um déficit de R$ 85,81 bilhões (diferença entre as receitas e o pagamento de benefícios previdenciários), ou 1,5% do PIB.
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