Foto: Jefferson Coppola/ Revista Veja
A Odebrecht realizou a maior parte das obras de reforma de um sítio em Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e por seus familiares. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a propriedade, que tem 173 mil m², está dividida em duas partes: uma delas está no nome de Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, amigo que fez parte da fundação do PT com Lula. A outra pertence ao empresário Jonas Suassuna, que assim como Bittar, é sócio de um dos filhos do ex-presidente, Fábio Luís da Silva, o Lulinha. Ainda de acordo com Folha, a autoria das obras foi confirmada por Patrícia Fabiana Melo Nunes, ex-proprietária da loja de material de construção Depósito Dias, que forneceu produtos para a reforma. À época, ela ainda era dona da loja. “A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim, todas elas eram da Odebrecht”, disse Patrícia. A empreiteira gastou, somente em materiais, cerca de R$ 500 mil. Ela ainda informou, em entrevista à Folha, que a coordenação da obra foi feita pelo engenheiro da Odebrecht, Frederico Barbosa, que trabalhou na construção do estádio do Corinthians, o Itaquerão, também a cargo da Odebrecht. O engenheiro confirmou que trabalhou na reforma, mas afirmou que estava de férias na empresa, prestou serviços de graça, e que não sabia que o ex-presidente tinha relações com os proprietários. Antes da reforma, o sítio possuía um lago, uma estrada de acesso e uma casa antiga.
A propriedade ganhou uma nova edificação com quatro suítes e espaço de lazer com churrasqueira. De acordo com Patrícia, os pagamentos eram feitos semanalmente, “dinheiro vivo”, com valores entre R$ 75 mil e R$ 90 mil. Os pagamentos eram feitos por “Quico”, como era conhecido o engenheiro. “Era uma mala que tinha outros valores também para pagar para os pedreiros, serventes, etc. Ele ia tirando envelopes de papel pardo. Dava para ver que tinha uma organização na mala para ser rápido, pagar o pessoal e ir embora. Ele só fazia isso”. Procurada, a Odebrecht afirmou que, após avaliação preliminar, não identificou relação da obra com a empresa. Lula não quis comentar o assunto. BN
A propriedade ganhou uma nova edificação com quatro suítes e espaço de lazer com churrasqueira. De acordo com Patrícia, os pagamentos eram feitos semanalmente, “dinheiro vivo”, com valores entre R$ 75 mil e R$ 90 mil. Os pagamentos eram feitos por “Quico”, como era conhecido o engenheiro. “Era uma mala que tinha outros valores também para pagar para os pedreiros, serventes, etc. Ele ia tirando envelopes de papel pardo. Dava para ver que tinha uma organização na mala para ser rápido, pagar o pessoal e ir embora. Ele só fazia isso”. Procurada, a Odebrecht afirmou que, após avaliação preliminar, não identificou relação da obra com a empresa. Lula não quis comentar o assunto. BN
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